Não vamos brigar, estou cansada...

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Itachi tinha achado ruim, mas Obito era realmente muito agradável e, pelo menos até aquele momento, nunca havia feito nada que o desabonasse. Mesmo antes de saber quem Sakura era, ele se mostrou atencioso, gentil e respeitoso.

Com esses pensamentos na cabeça, Sakura entrou na Fujutsu pela manhã. Estava um pouco abatida por ter discutido com Itachi; e, de manhã, ele claramente a evitou. Saiu cedo para comprar alguma coisa para o café e não voltou até que ela tivesse saído para o trabalho. Itachi era assim, muito melindroso, se sentia facilmente ofendido e se fazia de vítima até que o outro sujeito envolvido na situação admitisse estar errado, e ele, certo.

Sakura o conhecia muito bem.

Perto da mesa de Anko, sua secretária, Obito a esperava. Com o terno impecavelmente alinhado e os cabelos despojadamente charmosos, olhou para ela com um sorriso amável, gentil.

— Bom dia, Sakura — disse contente —, desculpe aparecer tão cedo, mas é que como vamos nos ver à noite, eu...

— Imagina, Obito — interrompeu, fazendo sinal para que ele a seguisse.

Os dois entraram na sala, Sakura deu um suspiro tedioso, rodeou sua mesa, pendurou a bolsa no cabideiro e se sentou.

— Fica à vontade, Obito, aliás, quando precisar falar comigo, não precisa ser anunciado, somos iguais aqui, pode entrar direto. Por sinal, somos parentes! — brincou.

Obito deu passos lentos com o olhar um pouco baixo, pareceu ter ficado sem graça com o que Sakura disse.

— Nada disso, Sakura! Isso seria falta de educação. — Sentou-se em sua frente e se encararam. — Vou levar alguém comigo hoje, tudo bem? — perguntou Obito.

— Ah, que bom Obito! Tudo bem! — disse Sakura, depois de desviar rapidamente o olhar. — Sua namorada?

Obito distendeu os lábios e elevou um pouco as sobrancelhas em sinal de surpresa.

— Não, não... só uma conhecida.

Sakura reparou um leve desconforto na expressão de Obito, como se tivesse ficado envergonhado.

— Ah, o que é isso, Obito! Não me diga que não tem uma namorada — perguntou descontraída para quebrar o gelo.

— Na verdade não — respondeu.

Sakura ficou olhando, como se esperasse por uma continuidade, mas ele não disse nada. Depois de alguns instantes, perguntou:

— Posso levar alguma coisa? Uma bebida?

— Ah, que gentileza, Obito. Pode, claro, mas não precisa se incomodar.

Obito foi se levantando e fez uma reverência.

— Não quero mais tomar seu tempo. Obrigado, Sakura.

"Nossa, como ele é educado." Pensou Sakura. Ainda achava surpreendente a maneira polida do povo daquele país, tão diferente dos modos ocidentais.

— Obito, me dá o seu número particular — disse Sakura, quando ele já estava saindo —, para eu te mandar o endereço.

— Tem razão! — Obito voltou até a mesa onde ela estava e falou o número, que foi prontamente digitado pela mulher do primo.

— Bom, até a noite então — disse ela.

— Até.

Assim que ele saiu da sala, Sakura mandou um "oi" seguido do endereço.

(...)

Obito estava trabalhando quando recebeu uma ligação de Deidara:

— Oi Deidara, tô ouvindo.

Rivalidade UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora