Definitivamente

42 2 8
                                    


Sakura estava completamente decidida sobre o que fazer e isso era uma novidade nos últimos tempos, já que desde que se mudou para Tóquio, conheceu Obito e seu mundo com Itachi começou a desmoronar, ela não sabia mais o que era ter controle cem por cento seguro de sua vida.

Madara tinha chegado e, desta vez, ela pediu para ele ficar com ela no seu apartamento.

Parada, com o ombro encostado no batente da porta, olhava para o homem que dormia todo espalhado em sua cama. Fazia tempo que ela não sentia tanta tranquilidade vendo alguém dormir. Olhando bem, parecia que ele sempre esteve ali. Estava tão segura e entregue àquele relacionamento, se sentia tão à vontade com ele, que realmente tinha a impressão que Madara fazia parte de sua vida desde sempre.

Segurava sua caneca dourada (que ganhou da Fujutsu em um final de ano, quando ainda trabalhava lá) cheia de café e pensava, enquanto a fumaça se dissipava pelos ares, no quanto sua vida tinha mudado.

Sakura se lembrou mais uma vez de Itachi. Pensou sobre Madara ter dito que ele estava mudado. Como seria ele agora? Seria tão diferente do homem com quem ela dividiu a vida, do homem que ela um dia amou?

Sentiu uma saudade estranha da época que vieram para o Japão, cheios de sonhos e expectativas.

Madara se mexeu na cama. Virou o rosto para o lado e abriu os olhos. Ela observava o seu corpo forte. Era um homem belo, diferente, dominante e respeitável. E ela o amava agora.

Seria possível amar duas pessoas ao mesmo tempo?

Não da mesma forma, mas talvez pudesse preservar sentimentos de amor por mais de uma pessoa, mas de maneiras diversas.

— Sak... Bom dia, anjo — ele disse. A voz estava rouca e mole, de quem havia acabado de acordar.

— Bom dia amor. — Sorriu pra ele e foi sentar-se ao seu lado na cama. — Dormiu bem?

— Ao seu lado, como eu poderia dormir mal?

Ela se inclinou sobre ele e beijou sua boca. O gosto matinal cheio de intimidade e carinho invadiu seu espírito. Segurou o queixo dele e aprofundou o beijo. Mesmo depois de uma noite cheia de amor, gemidos e prazer, ainda não tinham conseguido apagar o fogo da saudade.

Madara segurou atrás da cabeça dela e continuou a beijando num clima gostoso de romance.

— Eu vou tomar um banho, vem comigo? — ele perguntou.

E ela foi.

Embaixo do chuveiro, com a água bem quente caindo sobre eles, ficaram em um abraço aconchegante. Os beijos lentos e calorosos mantinham os corpos colados um no outro. Se sentiam acalentados e felizes.

Sakura apertava os braços ao redor da cintura de seu noivo e ele a segurava firme, presa junto dele. Demonstravam carinho e afeto através daqueles beijos. Como era bom poder ficar com alguém assim, simplesmente sem esperar nada, só sentindo os toques e carícias suaves um do outro.

Madara apoiou o queixo sobre a cabeça de Sakura e, de olhos fechados, deixou-se abandonar naquele momento.

— Amor? — ela chamou. — Está tão quieto hoje, está tudo bem?

— Está. — Abaixou o olhar até encontrar os olhos verdes, os cabelos escorriam água e ela piscava para não deixar entrar nos olhos as gotas pesadas.

— Eu estou apreensiva — murmurou.

— Por causa de Konoha?

— Também, mas por causa da reunião em Frankfurt.

Rivalidade UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora