g de homem.

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da sorte e do acaso, nasci
do barro e do amasso, sorri
em ti, coloquei os olhos grandes
valentes braços e pernas, corri
minha pele cor de noite
lágrima e açoite, sofri
me olhe no reflexo das gotas
um temporal disperso, distraído
com as covinhas
sorri como se nunca tivesse sofrido.

me anoiteço
me cubro de sol e pétalas de rosas
dócil como romeu morto pelo espinho
ainda pago de durão
mas as cicatrizes são muito dolorosas
às vezes é um sim, às vezes um não
me confundo na paisagem tempestiva
viva, pacífica, clara e ativa
como força dentro de mim.

aos poucos vou mudando
os sonhos vão girando e girando
metamorfose me torno sem querer
um dia vão se orgulhar de mim, tu vai ver
eles vão olhar minha tempestade
e vão querer saber o homem que fui.

tudo que tenho levo comigo.Onde histórias criam vida. Descubra agora