•SᴜᴘᴇʀCᴏʀᴘ• ✓ Revenge ᵍⁱᵖ

Revenge - 《1.9》

Os documentos estavam ali, em suas mãos. As provas que precisava para colocar Alejandro atrás das grades, fazê-lo pagar por tudo o que ele fez a ela.

                             

Kara estava trancada em sua sala, com o maldito envelope nas mãos. Ela não tinha permanecido na festa, disse a Alejandro que não estava se sentindo bem, e foi para casa. Desde então, não conseguia parar de pensar no que fazer com aquele envelope.

                             

Estava tudo ali. Laudos, testemunhos, perícia... Tudo.

                             

Com aquele material, Kara poderia acabar com o reinado de Alejandro, era só ir até a delegacia mais próxima.

                             

Mas não confiava na polícia, não confiava em ninguém. Afinal, Alejandro não tinha conseguido aqueles documentos sozinho. Assim como ela, ele também tinha seus contatos. Kara estava em um jogo perigoso, onde só podia confiar em si.

                             

_Senhorita? - Cassie bateu na porta. - Tem um casal, que gostaria de...

                             

_Não vou receber ninguém hoje. - Ela respondeu.

                             

Cassie saiu, e segundos depois a porta foi aberta.

                             

Kara levantou os olhos, pronta para dar uma chamada em sua secretária :

                             

_Será que nessa agenda apertada, tem um espacinho pra família?

                             

Jerry abriu os braços, e esperou o abraço da filha, do mesmo jeito que fazia quando ela era criança.

                             

Kara sorriu ao ver os pais ali, em sua sala. Ela se levantou e correu para o abraço do pai.

                             

Estar entre os braços de Jerry, fez o coração de Kara se acalmar. Ela se sentiu protegida, amada, coisas que só o pai poderia lhe proporcionar.

                             

_Que surpresa boa. - Ela sussurrou, correndo para os braços da mãe. - Por que não avisaram?

                             

_Ai deixaria de ser surpresa. - Patrícia disse, abraçando forte a filha.

                             

Kara estava tão feliz em ver os pais, que deixou algumas lágrimas escaparem por seus olhos.

                             

_Isso tudo é saudade? - Perguntou Jerry, se juntando ao abraço das duas.

                             

_Sim. Muita saudade.

                             

Pela primeira vez em meses, Kara sentiu que estava segura. Os braços dos pais, eram como um cobertor num dia frio, reconfortante...

                             

A idéia de visitar a filha, foi de Jerry. Ele sentia algo de errado, mesmo estando longe, e aproveitou a saudade da mulher e sugeriu a viagem. A princípio, era somente uma suspeita, mas ao ver Kara ali na sua frente, ele pôde ter certeza que a filha estava com problemas.

                             

_Vendo você assim, nessa sala... - Patrícia alisou os cabelos da filha. - Me da um orgulho tão grande.

                             

As palavras da mãe, ecoaram na cabeça de Kara. Orgulho era a última coisa que eles teriam, quando descobrissem a verdade.

                             

_Está tudo bem? - Jerry notou o olhar perdido da filha.

                             

_Está tudo ótimo. - Sorriu tristemente. - E com vocês aqui, vai ficar ainda melhor.

                             

Lena assistia a cena de longe. Ela foi até a construtora, para falar com Kara, sobre a briga da noite anterior, mas viu Kara abraçada aos pais, e não quis atrapalhar.

                             

Ela sorriu, pois aquela cena era a prova de que, bem no fundo, Kara ainda tinha algo de bom. Ela ainda tinha sentimentos.

                             

Kara, vendo a amada chorar de alegria, Lena fez uma promessa a si mesma.

                             

Ela salvaria Kara dela mesma.

                             

Recuperaria o lado bom dela, e a libertaria daquela sede de vingança.