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Chego em casa escutando apenas o silêncio. Fecho a porta atrás de mim e tranco, guardo a chave no bolso da calça e caminho até a cozinha vendo a mina conversando com Márcia. Cozinheira daqui.
── Oque fez aí? ── pergunto e a mina se estremece.
── Arroz, creme de milho e filé de frango frito. ── explica e parece até que minha fome multiplicou.
── Hoje fez mó banquete. ── falo e ela rir mexendo nas panela.
── A Áurea disse que gosta de creme de milho. ── Áurea se encolhe e põe a mão abaixo do queixom
── Hum. ── murmuro indiferente e me sento do lado da mina ── Ce sabe que pode assistir TV, né? ── falo pra mina.
── Não sabia. ── fala baixo.
── Pode assistir TV, ir no quintal, comer, fazer comida e tals. ── aperto as unhas na palma da mão me sentindo estranho.
Porra, eu tô com vergonha?
── Tá bom. ── diz sem ligar.
Toco na sua perna e ela se afasta, seguro seu cabelo e forço ela ficar no lugar. A mesma fecha os olhos e aperto sua coxa encravando as unhas no local.
── Maycon, chega! ── Márcia fala.
── Tem que aprender a não me desrespeitar. ── solto o cabelo dela com tudo e ela bate a cintura no balcão ── Tá achando que é brincadeira essa porra!? Eu mando e tu obedece, caralho! ── ela se encolhe e tiro a mão de sua coxa.
Me levanto puto e subo pro meu quarto, vou até a varanda e preparo o verdinho pra me acalmar.
── Maycon. ── escuto a voz da mulher e olho pra Márcia.
── Que?
── Você tá assustando a garota. ── se senta do meu lado e respiro fundo.
── Ela tem que ter medo de mim mesmo, assim ela aprende a me respeitar.
── Respeito e medo são duas coisas muito diferentes. ── explica e nem ligo ── Você não quer ver ela sorrindo? Ver ela feliz? ── olho pra ela que respira fundo ── Eu sei que você não é carinhoso, mas tenta ser pelo menos com ela. Sei que você a escolheu pra ser a mulher da sua vida.
Penso, repenso e é verdade. Quero que ela me ame. Quero me sentir amado por ela.
── Bele. ── falo e me levanto da cadeira.
Vou lá pra cozinha e vejo ela comendo na mesa, pego um prato no armário e coloco minha comida. Fome da porra.
Me sento do lado de Áurea e ela se encolhe.
── Desculpa. ── falo baixo e ela continua a comer ── Áurea. ── a chamo e ela me olha ── Desculpa. ── toco em sua mão e ela olha pras nossas mãos ── Quando eu for te tocar é pra deixar. Bele?
── Ok. ── confirma.
Toco no seu rosto e acaricio o mesmo. Áurea fica tensa e passo o dedo pelos seus lábios carnudos. Me aproximo querendo beijar ela. Mordo seu lábios inferior e o prendo.
Avanço na sua boca e a beijo mermo, enfio minha língua na sua boca e ela fica toda perdida logo depois retribui, acho que foi por eu estar apertando sua cintura.
Solto a mesma e seguro sua nuca aprofundando o beijo, minha mão vai até sua bunda onde eu a aperto. Áurea se afasta e recupero a respiração.
── Não me força a fazer isso... por favor. ── porra, a voz dela é muito linda. Uma melodia.
── Eu não sou estrupador, Áurea. ── explico ── Mas ficar sem te beijar... é demais pra mim. ── explico e mordo seu lábio ── Vamo comer logo.
Comida já tava morna, mas que beijo bom da porra foi esse. Agora tô viciado na boca dessa mina.
Depois do almoço fomos pra sala, botei um filme mó suave e me deitei no sofá, e Áurea ficou na ponta do mesmo.
Sou folgado e não é pouco. Deitei a cabeça logo nas coxona da mina e fiquei de cabeça pra cima admirando ela. Porra que linda.
Seus olhos estão fixos na televisão, seguro sua mão e a levo na direção dos meus olhos, analiso bem suas unhas. As minas gostam de pintar unha né?
── Tu quer que eu chame uma manicure? ── pergunto e ela sai do transe da televisão.
── Nunca fui em uma, na verdade. Acho que não. ── dou de ombros e olho pra televisão agora prestando atenção no filme.
Tão gostando? Kkkkkk
11.08
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A Cara Do Crime
RomanceEla fala que quer crime e eu sou criminoso Ela é da Zona Sul e eu sou cria do Rodo Ela fala que me ama, mas não me engana Que vagabundo nato não se apaixona Mas se for um lance é o bicho Pode fuder comigo que eu vou fuder contigo Tesão com perigo C...