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Olho para a vista esplêndida da favela

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Olho para a vista esplêndida da favela. Esse lugar é tão lindo, pena que tem tanta violência, ainda mais do dono...

Sinto os lábios quentes de Cabelinho em meu pescoço e tomo um susto. Não ouvir ele chegando.

── Calma, gatinha. ──  diz rindo ── Apreciando a vista... faço o mesmo direto.

Me puxa da cadeira e me levanto com o puxão, Cabelinho se senta na cadeira e me puxa pro seu colo. Respiro fundo desconfortável e sinto sua mão em minha perna apertando levemente.

── Fala ai Áurea, oque tu fazia. ── manda e respiro fundo.

── Eu to fazendo faculdade de culinária. ── respondo e ele me olha surpreso.

── Porra, que daora. ── diz e mordo os lábios me segurando pra não sorrir.

Ele é a primeira pessoa que realmente se importa...

── Mas tipo assim, vou fazer um teste, morô? Se tu se comportar por uma semana, pode voltar aos estudos.

── É muita falta. ── resmungo e ele respira fundo.

── Hoje é domingo, tem até quarta pra se comportar. Bele?

── Tudo bem. ── respondo simples e ele sorrir segurando em meu cabelo fazendo um carinho.

Só de lembrar todas as vezes que ele puxou meu cabelo, me faz ter repulsa de seu toque.

Fecho os olhos segurando o choro, a única coisa que tenho vontade de fazer é de me deitar em um lugar e chorar. O dia inteiro.

Cabelinho beija minha bochecha e me puxa pelo pescoço para me deitar em seu peito. Fecho os olhos e fungo.

── Que foi, amor? ── pergunta manso e começo a chorar ── Mano, oque tu tem? ── me deixo chorar tudo que guardei a noite para não acordar ele.

Maycon continua com o carinho e continuo a chorar. Eu preferia morar no orfanato do que com esse homem.

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A Cara Do CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora