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── Caralho! ── falo no ódio vendo os tira subir o meu morro ── Vai se fuder

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── Caralho! ── falo no ódio vendo os tira subir o meu morro ── Vai se fuder.

Eles passa de carro reto, graças a Deus né.

Ninguém sabe que eu moro aqui, são poucos.

Olho pra minha pardinha que tá comendo um lanche que comprei pra ela. Me jogo do seu lado e Áurea continua a comer tranquilamente.

── Você é tão linda. ── falo tocando no seu rosto.

── Não tenho dinheiro. ── ela diz .

── Tá, como seu eu fosse precisar do teu dinheiro. ── digo meio brabo e ela rir ── Só rir também

── Prefere que eu chore?

── Não, assim ta suave.

── Ah, você sabe que eu tenho uma grande facilidade de chorar. É só você abrir a boca.

── Oh, Áurea, não começa! ── me levanto puto ── Que porra.

Saio do quarto e o radinho toca.

...: Ae chefe, os tira tão indo embora!

Cabelinho: firmeza, depois vocês analisa se foram embora mesmo.

Pego a caixinha no bolso da calça e analiso as três alianças. Suspiro e guardo elas novamente.

Entro no quarto vendo Áurea deitada e mexendo no celular.

── Se arruma. ── falo simples.

── Aham, consigo trocar de roupa. ── a analiso.

── Carai em.

── Eu tive culpa!? ── pergunta e caminho até o closet.

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── Que frio. ── Áurea fala e tiro meu moletom entregando a ela ── Obrigado. ── levanta as duas mãos e ponho o moletom nela.

Ficou um puta de um vestido, cobriu até os joelho.

── Vim te pedir um bagulho. ── ela se senta na grama.

Analisamos a favela, meu morro, minha favela.

── Áurea. ── chamo sua atenção e ela me olha ── Tu quer casar comigo?

Ela me analisa diferente, seus olhos descem pra caixinha que tá aberta mostrando as alianças.

Ela morde os lábios e sorrir. Não um sorriso de felicidade, deboche o caso.

── Eu tenho escolha? ── pergunta e meu sorriso morre.

── Por que tu tá fazendo essa pergunta?

── Porque eu quero dizer não, mas se eu disser isso você vai ficar bravo e ainda vai por a aliança em meu dedo. ── Cruzo os braços.

── Eu salvei tua vida, tu podia tá sendo espancada ou estrupada por aquele filho da puta!

── A minha vida era perfeita antes de você aparecer!

── Perfeita? Com tu tendo dois emprego e fazendo faculdade a noite? Que porra de vida era aquela?

── Era a minha vida, não a sua! ── respiro fundo e ela põe a mão no rosto ── Só põe essa aliança logo no meu dedo, Maycon. Você sabe a minha resposta e não tô afim de ficar com o rosto marcado hoje.

── Tu não tem que tá afim de nada. ── pego a mão dela e ponho a aliança ── Tá casada agora nessa porra.

Áurea analisa as duas alianças com uma cara diferente. Cruzo os braços meio bravo e deito a cabeça em sua perna.

A mesma toca no meu rosto e me arrepio sentindo o gelado da aliança. Beijo sua mão e junto nossas mãos vendo as alianças.

Bom, eu to feliz.

Bom, eu to feliz

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4.5

30.08

A Cara Do CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora