•Hana
Meus olhos expressavam certa confusão, não compreendi o que havia escutado, se é que eu havia escutado direito.
O encaro ainda temerosa, demonstrando o quanto estava confusa. O homem, que estava sentado de maneira totalmente desleixada mas sem perder sua áurea superior, esboçava um pequeno sorriso perverso em seus lábios.
— Como assim? — questionei na esperança de receber ao menos uma explicação que fizesse sentido.
Ele me olha, desta vez com uma feição emtediada como se eu tivesse feito uma pergunta idiota.
— Está me dizendo que não sabe o que é um acordo, menina burra? — zombou, mas decidi não levar em conta no momento.
— Não, sei o que é, só não entendi onde quer chegar com isso. Que tipo de acordo?
— É o seguinte, posso fazer com que seu desejo de voltar para o Submundo se realize — ele fez uma pausa e esperei que ele continuasse e dissesse de uma vez — mas tenho uma condição.
— E qual seria essa... condição?
— Quero que seja minha, que jure sua alma à mim. Esta é minha condição!
Ele diz por fim. Pisco os olhos um par de vezes tentando digerir o que ele acabou de dizer.
Ele quer que eu ofereça minha alma... à ele?!
Isso... isso é ridículo! O que ele é, um demônio que barganha almas por acaso? Não faz sentido.
Respirei fundo, percebo que ele me encarava esperando que eu dissesse algo.
— Isso... por que?
— É pegar ou largar, esta é minha proposta. Em troca, talvez possa ajudá-la.
Fiquei pensativa, de fato era uma proposta tentadora e talvez receber a ajuda de... alguém como ele, seria fascinante. Me ponho a refletir por um momento e penso nas vantagens que eu teria se me aproveitasse de sua boa vontade em me ajudar caso eu aceite esse acordo, mas também pensei nas consequências que isso poderia ter.
Sou trazida de volta de meus pensamentos ao ouví-lo de repente dizer algo que me fez ficar confusa e estática novamente.
— Você parece muito com a sua mãe. — diz o homem sem tirar seus olhos rubros dos meus.
Entreabri os lábios procurando palavras para dizer-lhe algo. Como ele sabe disso, por acaso a conheceu? Várias perguntas começaram a rodar em minha mente agora e me questionei novamente.
— Como sabe sobre minha mãe?
Ele soltou uma risada como se não fosse óbvio.
— Do que está rindo? Responda, conheceu a minha mãe? — franzi o cenho nervosa enquanto ele ainda ria, estava me irritando.
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PROMISIT | Ryomen Sukuna
RomantizmVivendo uma vida medíocre, a qual odiava, enfrentando diversos problemas e tendo que usufruir de seu corpo para manter-se viva, Hana sentia que deveria desistir de seu verdadeiro sonho. O que era a única coisa que a fazia seguir em frente, na espera...