the vampire and the devil

capítulo 5

Amanhã já era o meu baile de dezesseis anos, o castelo está uma correria.

Já eram quase duas horas da tarde e eu estava na grande estufa do castelo, as meninas saíram para comprar o vestido delas, elas me chamaram mas eu não estou muito afim de sair ultimamente.

Eu estava lendo um livro de romance, ele era sobre uma humana e um vampiro, que eles tinham um amor proibido, queria viver um romance assim um dia, parece lindo, mas não quero decepcionar os meus pais e também não podemos ir para o mundo humano.

As vezes me pergunto com e amar alguém de verdade, nunca senti amor de outras pessoas além da minha família, o amor entre duas pessoas como um casal e completamente desconhecido por mim, oque as vezes e frustante, pois todas as minhas primas já amaram alguém ou tiveram uma paixonite temporária, e nem isso eu tive.

Em partes deve ser por que eu não costumo ficar perto de homens, só tenho dois irmãos que não ficam muito em casa, tenho quatro primos e só, meus pais não deixam eu ter muito contato com o gênero masculino.

Mas eu sinto um vazio, uma vontade de não só amar, mas de ser amada incondicionalmente, uma necessidade interna de ter um amor verdadeiro em que aquela pessoa que eu for apaixonada fassa de tudo por mim independente do que aconteça.

Será que um dia eu vou ser amada por alguém?

Tiro esses pensamentos da cabeça, não iram me levar a lugar nenhum, tenho que focar na minha leitura e no meu momento de paz, pois depois do baile oque eu mais vou receber vou receber e proposta de casamento, acho que deve ser por isso que estou começando a pensar nisso.

Ouço um barulho que me tira dos meus pensamentos, olho para o arbusto de onde veio o barulho, ouço novamente o barulho, caminho até lá e de repente um negócio pula de lá.

Quando vejo oque era fico confusa, era um filhote de gato, uma gatinha branca como as nuvens, que estranho, não costumo ter gatos por aqui.

Me abaixo e pego ele no colo, ela estava meio suja mas continuava linda, os olhos dela eram roxos, deve ser um animal místico, eles são raros e estão quase extintos.

- vamos entrar gatinha? Vou te levar até minha mãe, ela deve saber o fazer com você - digo e deixo o livro encima da mesinha que tinha ali e me viro em direção a entrada da estufa.

- não sabia que gostava de animais, achava que vocês vampiros mordiam tudo que vocês vissem que tinha sangue - levo um susto ao ouvir uma voz e quase deixo a gatinha cair, me viro e vejo o cara da noite passada.

- oque você quer? - pergunto e vejo ele revirar os olhos, ele já está me dando nos nervos.

- você e surda ou e só burra mesmo? - pergunto me olhando com desprezo,ele estava na sombra da árvore que tinha na estufa, me pergunto ainda do porque caralhos tem uma árvore na estufa?

- você não tem o direito de invadir a estufa do castelo da minha família e me insultar - digo para ele, só consigo ver os olhos dele e isso me irrita, quero saber a aparência dele.

- você é bem afiada não é, sanguessuga? - diz ele e sinto meu sangue ferver, quem ele acha que é para me chamar de sanguessuga.

Me controlo para não voar em cima dele e rasga-lo com minhas unhas, minha mãe me ensinou que não posso deixar minha raiva me controlar, fecho a mão e pressiono a minha unha contra a minha pele.

- poderia por favor parar de me insultar? E saia da sombra da árvore, quero saber com quem estou falando ou se já te vi em algum momento da minha vida - digo para ele que apenas me observa.

- não, não irei parar de te insultar vossa alteza - diz com deboche, esse cara está me tirando do sério - e quero que me dê um motivo para te mostrar minha aparência, não vejo onde isso me beneficiária - diz enquanto continua me observando.

Qual o problema dele? Oque custa ele sair debaixo da merda da sombra da árvore?

- da pra sair debaixo da porcaria da sombra da árvore?! - digo, ele conseguiu esgotar a minha paciência, oque e raro.

- a sanguessuga já está bravinha? vai fazer oque? Pular encima de mim e morder meu pescoço? - disse e soltou uma risada, perco a completamente a minha paciência e solta a gatinha no chão, começo a ir em direção a árvore, quando chego na beira da sombra eu paro.

- por que parou? Está com medo, em? Sanguessuga - disse com deboche e para mim foi a gota d'água.

Avancei nele instintivamente e teria agarrado o seu pescoço se ele não tivesse segurado meu pulso e me rodado, em seguida pegou meus dois pulsos e prendeu meus braços para trás me fazendo ficar dês costas para ele.

Senti sua respiração em minha nuca, o silêncio prevalecia no ambiente, minhas presas saíram sem que eu percebesse. Senti ele me puxando mais para trás fazendo nossos corpos ficarem grudados, sinto um calor desconhecido em meu corpo.

- você não tem chances contra mim vampirinha de araque, então nem tente - sussurrou em meu ouvido e sinto um arrepio estranho percorrer meu corpo.

- não ache que é mais forte que eu por tão pouco seu idiota - digo, que bela ideia Scarlett, desafiar o cara que está segurando seus dois braços, eu só posso estar ficando louca.

Ouço ele rir, ele e completamente maluco.

- você não deveria me desafiar docinho - disse e sinto meus pulsos serem soltos repentinamente me fazendo cair de cara no chão.

Quando me levanto olho para trás e ele tinha sumido.

Passo a mão no meu pulso que está vermelho, oque ele quer comigo?

Me levanto e vejo que a gatinha sumiu, pego meu livro encima da mesinha e vou até a entrada do castelo, entro e começo a subir as escadas, meu quatro fica no terceiro andar oque não e muito favorável para mim.

Quando chego no meu quarto vou para o banheiro e entro debaixo do chuveiro e ligo a água com roupa mesmo.

Corpo estava quente, um calor diferente que eu jamais tinha sentido na minha vida, e só então percebo que estou ofegante, fecho os olhos e ouço a voz daquele homem, passa um flash dos seus olhos me encarando, os olhos dele são profundos, são hipnotizantes e quentes...

Abro os olhos, tenho que tirar essa cara da minha cabeça imediatamente.

Começo a me despir e tomo meu banho normal, saio com um roupão e pego um vestido qualquer que eu encontro, ponho ele e me deito na cama, se eu dormir irá ajudar.

Um tempo depois

Acordo com o barulho da porta abrindo.

- acorda lua, já e hora do jantar - disse Kyara puxando o cobertor de cima de mim.

- não estou com fome Kyara, se eu sentir eu desço para comer algo, mas agora por favor saia do quarto pois eu estou com sono - digo e ouço um silêncio mas sei que ela ainda está aqui, abro só olhos e olho para ela que me olha assustada.

- oque foi Kyara? Parece que vou um fantasma - digo estranhando.

- oque é essa marca preta no sue pescoço Scarlett? - disse dando um passo para trás, que marca?

Me levanto rapidamente e vou até o espelho da minha escrivaninha.

Arregalo os olhos quando vejo a marca no meu pescoço, quando foi que isso foi parar ai?

Quando eu fui tomar banho isso não estava aí.

Espera um pouco.

Passa na minha cabeça a frase daquele homem.

- você não deveria me desafiar docinho.

Foi ele.

- puta merda...- digo baixo.

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