▪︎Capítulo 6▪︎

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▪︎Aruna▪︎

As coisas tendem a ficar mais complicadas conforme fugimos de algumas responsabilidades.
Ser uma boa Alfa, proteger a alcatéia e tomar todas as decisões necessárias para o bem de todos. Esses são os meus principais deveres, o que me faz questionar o motivo de minha adorável irmã ter tomado uma decisão importante sem me consultar.

- Emma, eu juro pelos deuses que estou tentando ficar calma. Mas só de olhar pra sua cara, eu sinto a forte tentação de te esganar!

Ela abaixou a cabeça.

Depois da execução, fui para casa tomar um banho e comer. Era o tempo que os preparativos para a entrega das cinzas e dos corações eram feitos.
O meu pequeno bilhete enviado não era ameaçador ao ponto de nos colocar em uma guerra, mas colocaria um impacto no novo alfa, um alerta para que ele não cometa erros tão estúpidos.
Depois de me arrumar novamente, optei por uma calça preta simples e uma camiseta preta com um tênis, fui ao velório e consolei as famílias.
Eu dei meu apoio, como Alfa era capaz de sentir a dor deles profundamente.
Depois de passar mais algumas horas no velório, fui ao escritório e encontrei Emma na sala, ela estava nervosa o que me deixou preocupada. A preocupação logo deu seu lugar a raiva e ao desapontamento.
Depois que Emma levou o guarda para a prisão ela não retornou, nem ao menos apareceu ao funeral. Por um momento, eu pensei que ainda estivesse com muita raiva pelas perdas que sofremos.
O que eu não imaginava, era que a carta que Emma trazia em suas mãos era do Supremo, que por um acaso está na alcatéia de Filip.
Outro fato importante que Emma não me contou, foi a idéia absurda de nos reunirmos e conversarmos.

- Pense bem irmã, essa é uma excelente oportunidade para nos livrar de uma situação merda com a outra alcatéia!

- Eles que deveriam pensar em limpar a merda da situação conosco Emma!

- Eles podem não pensar assim Aruna.

- Eu não estou nem aí para eles Emma! Você não entende? Nada se sabia sobre nós, nem mesmo quem eu sou, perante todos eu sou um homem cruel que não tem pena de seus inimigos.

- Agora está na hora de mostrar a eles que o tão temido alfa é uma mulher, uma mulher com poder assusta os homens de mente fraca. A reunião vai ser na fronteira ao norte, durante o pôr do sol. Você mesma concordou com a possibilidade Una...

Sorri desacreditada.

- Eu disse que pensaria Emma, é completamente diferente. Eu nunca disse : "Vá em frente Emma, marque um encontro com o supremo".

Eu estava a beira de um surto.

- E eu disse que não tínhamos tempo, você é a Alfa mas eu sou sua Beta, sua irmã e família. Não adianta nos esconder sobre tanta proteção, uma hora seremos atacados e não temos garantias que sairemos ilesos.

Sua voz vacilou, eu sabia que o ataque do subordinado de Filip havia abalado a todos, mas ver minha Beta tomando decisões sem mesmo eu aprovar, isso sim me abalou. Emma havia cometido um erro e ela não via os riscos de sua decisão.

- Conseguimos lidar com Filip e seu subordinado imbecíl, conseguimos manter a segurança dos nossos.

- E a custa de quê? Três vidas inocentes que não irão retornar.

Suspirei cansada, eu via a lógica de sua decisão mas também enxergava os inúmeros problemas que isso causaria se algo desse errado.

- Pois bem, que assim seja. Quando será o encontro?

Alcatéia Moon Blood  -  A AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora