▪︎ Capítulo 27 ▪︎

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Se passou dois dias, dois dias desde que eu cheguei em casa.
O supremo se organizava para partir, e depois de conversar com Peter e Gabriela vi como ambos estavam felizes, e quem era eu para impedir isso? Gabriela partiria com Peter para sua alcatéia e se tornaria oficialmente companheira do supremo. Mas deixei claro que as portas da alcatéia Moon Blood e da minha casa estariam sempre abertas para ela, que se Peter fizesse algo de errado eu mesma chutaria sua bunda.
A ameaça sobre uma possível invasão não havia desaparecido, Felice continuava viva apenas porque a própria Nali me pediu, Luke não consegue se aproximar de Nali que o rejeita de todas as formas.

- Senhora por favor, eu não aceito Luke como meu companheiro.

- Então lhe rejeite oficialmente, acabe com a dor dele de uma vez. Você tem negado a ele sua presença, seu olhar, tudo.

- Eu não consigo.

Puxei Nali para um abraço apertado, eu queria lhe mostrar que estava ali, que protegeria e mostraria todas as suas opções.

- Não decida nada enquanto estiver confusa, eu darei uma ordem para que Luke não se aproxime até que você mesma peça.

Ela concordou e assim eu fiz, no dia seguinte avisei Luke para se manter distante de Nali, que não falasse com ela e nem ao menos chegasse perto.
Ela precisava de tempo e espaço para decidir oque queria da vida.
Nesses dois dias Aether tem treinado com os membros da alcatéia que desejam entrar para a guarda, na tradição o companheiro da alfa deve lutar se assim for desafiado para demonstrar que merece estar ao lado daquele que protege à todos. Eu fui contra essa decisão mas Aether está decidido a conquistar o povo pelos próprios meios e méritos, isso me cativa e surpreende.
Senti um corpo colado ao meu enquanto uma mão segurava uma xícara quente de café.
Me virei encarando Aether, ter ele por perto é uma novidade sem tamanho.

- Obrigada.

Peguei a xícara e parei para apreciar o aroma maravilhoso.

- Algum dia você vai me amar mais do que café.

Comecei a rir e Emma entrou na sala negando com a cabeça.

- Nem se você morresse e reencarnasse, o café vêm em primeiro lugar, a família em segundo.

- A alcatéia em terceiro - lembrei contendo um sorriso.

- E eu?

- Você meu querido cunhado, é o último da lista.

Ele ficou sério mas percebi o humor em seus olhos, Emma e Aether viviam se cutucando nos últimos dias, pareciam melhores amigos.

- Como está se sentindo?

Ela ficou séria e então se sentou no sofá suspirando.
Saí de perto de Aether e sentei ao seu lado.

- Ela optou por ir embora.

- Ivy vai embora mesmo?

- Sim, ela diz não conseguir se afastar de seu irmão. Eu entendo porque também não conseguiria me afastar de você, mas Peter veio conversar comigo e me garantiu que não é por ele. Tentei falar com Nana mas ela está estranha também.

- Ivy está mentindo?

- Pra mim e pra si mesma. Estou cansada disso Aruna.

- Não se sinta presa a mim irmã, se deseja correr atrás de sua companheira então vá.

Ela levantou e sorriu determinada.

- Eu sou uma mulher Aruna, eu sei onde eu quero estar e com quem. Não me vejo largando esse lugar, não me vejo longe do meu posto de Beta, de comandante da guarda, do meu protegido cabeça dura e de você irmã.

Alcatéia Moon Blood  -  A AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora