Alcatéia Moon Blood - A Alfa

▪︎Capítulo 17▪︎

▪︎Peter▪︎

Meu corpo implorava por um simples toque, eu precisava tocá-la e saber que era real.
Desde que entramos na alcatéia Moon Blood fiquei impressionado, muitos guardas e a maioria mulheres, o lugar todo é organizado e limpo, nunca vi uma alcatéia tão organizada, segura e limpa.
Quando chegamos na praça a beleza do local era de deixar qualquer um sem palavras, rodeado de grama, árvores, bancos, uma área para os pequenos brincarem e bem no centro uma área cimentada, como um grande pátio para eventos.
Aruna explicava minimamente as coisas, paramos algumas vezes enquanto ela dava ordens para algumas guardas e minha admiração aumentou ainda mais quando ela tomou a causa de uma integrante que estava machucada, tornou-a sua protegida e ainda puniu os culpados.
Sentia meu instinto de lobo crescer, eu queria me transformar ali mesmo, queria uivar com todo o folego do meu corpo.
Ela ficou surpresa com minha aproximação repentina, eu não julgo, eu também ficaria surpreso.
Me afastei devagar e encarei aqueles lindos olhos confusos.

- Supremo?

- Peter.

Ela sorriu parecendo envergonhada e não pude deixar de sorrir também.

- Peter, oque foi isso?

- Me desculpe alfa Aruna, eu só fiquei extremamente admirado, você é uma Alfa incrível.

Um tom avermelhado subiu pelo seu pescoço e se fixou nas bochechas.

- Bom, devemos continuar andando.

Concordei e lhe segui, a jovem ao seu lado me encarava e vi o temor em seus olhos, mas logo foi substituído por confiança ao encarar novamente sua Alfa.
Eu não deixava de me impressionar com o lugar e aquelas pessoas.

- Nali, vá até meu escritório e diga para Luke ir até a minha casa.

- Eu devo me apresentar para a cerimônia de Luke?

- Não, eu treinarei você. No momento certo você terá a sua noite.

Estava confuso com aquela conversa, aparentemente teria algo durante a noite, algo importante.
A jovem saiu e eu tomei o seu lado, sentia seu olhar e sempre lhe encarava de volta, tudo oque eu mais desejava era ela, encarar seus olhos, sentir seu cheiro, sua presença. Era um bálsamo para minha alma, como se uma parte minha desconhecida tivesse se encontrado.
Andamos por um tempo até chegarmos à um grande casarão.

- É aqui que eu moro, você e sua irmã ficarão aqui.

Sem brechas ou opções, concordei com a cabeça ainda sendo observado.

- O supremo não é de falar muito não?

Sorri e novamente o vermelho pintou seu rosto.

- Gosto de observar, é assim que formo minhas opiniões e sei como agir.

Ela não falou mais nada, abriu a porta e entrou parando na entrada, passei por ela e logo ouvi a porta ser fechada.
Uma senhora se aproximou, Aruna estava séria, ainda mais séria do que eu tinha visto. A senhora se aproximou e tentou abraçá-la mas a mesma se afastou e me encarou.

- Essa é Nana, a governanta da casa.

Sua voz estava neutra, quase vazia, eu não poderia dizer que havia algum sentimento.
A senhora se curvou levemente e sorriu gentil.

- É um prazer conhecê-lo supremo, seja bem vindo a casa das minhas meninas.

- Nana.

Um aviso claro na voz, eu não entendia oque estava acontecendo. Respirei fundo me preparando para cumprimentá-la mas fiquei tonto pelo cheiro forte de algo, me apoiei com a mão na parede e notei o olhar preocupado de Aruna.