Capítulo 2 - Desejo Primitivo

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Eu travava uma guerra mental neste exato momento. Um lado meu, o selvagem e impaciente queria tomá-la agora mesmo. Fodê-la duro e forte. Entrar em seu corpo e tomar o que me pertencia. Foda! Eu era um maldito animal lascivo!

Estou duro como pedra. Eu nunca me senti assim com uma mulher. Tão forte. Eu precisava gozar. Precisava desvendar cada recanto escondido de seu corpo perfeito. Entrar dentro dela e sentir que sou bem aceito. Deixar todo esse sentimento fluir e comandar cada um de meus atos irracionais.

Se fosse com qualquer outra, eu não teria perdido tempo, não me refrearia, não hesitaria e ficaria aqui pensando no que fazer. Ao contrário, já teria tomado o que desejava. Sem nem pensar.

Mas, o outro lado, o racional, grita para ir devagar, tem alguma coisa nela que me trava. Eu não posso machuca-la. Ela é pequena e delicada. Sua pele pálida é macia e muito, muito suave. Isso me enlouquece. Me levando ao extremo do desejo. Mas, o que me congela e me faz parar são seus olhos. O medo. A dúvida... Está tudo lá, no mar tempestuoso que são os olhos de Alessandra.

Então eu paro. Porque eu seria o mais merda dos homens se não ouvisse tudo o que seus querem me dizer. Eu não sei seus motivos, mas sei que algo a feriu profundamente. Sua linguagem corporal, sua relutância deixam claro para mim.

E agora que ela lindamente está se entregando, e pouco à pouco se rendendo e retribuindo meu desejo com mais desejo, está na hora de ser aquele a afastar seu medo. E mostrar que eu jamais a machucaria.

Não é justo entrar em seu corpo e tomar todo o prazer que sei que vou encontrar com ela, como um animal faria. Ela está se entregando para mim, com confiança. E o mínimo que posso fazer é honrar a confiança que me foi depositada. E mostrar o homem que sou. Ir com calma e fazê-la se sentir segura em meus braços e em minha cama.

Posso parecer um monstro mas não sou.

- Vejo medo em seus olhos, e não existe nenhuma razão para isso babe. - asseguro.

- Eu nunca machucaria você, querida.

Ela balança a cabeça levemente. Talvez não acredite em mim, talvez queira acreditar. Tudo bem ela duvidar, sou capaz de provar o contrário e em troca a oferecer só certezas, como um homem de verdade deve fazer.

Logan acaricia meus cabelos, puxando lentamente o elástico que os prende, fazendo assim os fios se espalharem soltos em sua cama. Minha respiração entrecortada me denuncia e ele sorri. Até um simples sorriso desse homem tem um grande efeito sobre mim. E me sinto cada vez mais quente, me derretendo por ele... Mas, o que estou fazendo? Ele vai me machucar eu tenho certeza... Não poderia aguentar.

- Eu não vou te machucar. - promete como se pudesse ler minha mente.

Sem mais uma palavra, ele se aproxima, acabando com a distância entre nós, capturando meus lábios com um beijo, reivindicando minha boca.

Ela fica congelada no lugar, enquanto ele lhe beija ditando seu ritmo, fazendo tudo que ela é incapaz de fazer. Um beijo tão forte quanto ele, tão áspero como suas mãos. Eu não me importava, só apreciei cada segundo. E agradeci a Deus quando me vi retribuir.

Eu me sentia viva novamente. Era estranho, mas eu também queria esse homem, mesmo tendo acabado de o conhecer. Abria minha boca ansiando ainda mais por seu beijo dominante. Retribuindo e me soltando. Disposta e presente, como jamais aconteceu antes.


Não tinha dor, só prazer.

Meus dedos afoitos se enterram em seus cabelos sedosos, puxando Logan pra mim. Era meu primeiro beijo em anos, estava sendo perfeito e não queria que jamais terminasse.

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