Capítulo 9 | Uma noite inesquecível.

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Penelope Featherington •

Ser acordada por mamãe gritando para todos os lados que devemos nos arrumar para a chuva de pretendentes que brotaria em nossa residência com certeza não é algo animador(bom, não para mim).
Ela invadiu meu quarto, puxou as cortinas que antes tampavam o sol e agora dera espaço para que ele invadisse todo o meu quarto, resmunguei e coloquei a coberta por cima do meu rosto.

—Ora Penelope! Deixe de ser insuportável minha filha! Olha com o o sol brilha lá fora! Teremos um dia bom hoje, sua prima Marina dançou com alguns cavalheiros na noite passada que com certeza Whistledown irá comentar, pelo encaminhar da carruagem presumo que muitos homens viram para corteja-lá. Mas como devemos ser só de um cavalheiro, acho que ela não se importaria se um deles por algum acaso se interessa-se em você... então eu pensei com os meus botões que se iremos fazer 2 casamentos nessa temporada, teremos que começar os trabalhos minha filha! Eu tinha falando com a senhora Varley para que separasse um vestido amarelo assim como eu gosto. Mas com certeza você usará outro, então escolha o que quiser filha! Mas tente ao máximo ficar radiante. —mamãe falou tudo de uma vez, e juro que pressenti que ela não terá respirado adequadamente como qualquer pessoa normal enquanto falava, talvez seja uma mera loucura minha.
—Eu deveria agradecer ? -disse irônica abaixando o lençol que cobria meu rosto e mamãe me olhou incrédula.
—Penelope! Não seja impertinente! Deveria me agradecer por me preocupar com o seu futuro!
—Um futuro qual eu não quero! -disse me sentando na cama aumentando o tom de voz.
—Já chega! Se arruma logo e desça antes que eu a busque pelos os cabelos! O meu erro foi ter te mimado tanto. -ela pregou reclamando sobre minha criação, soltei um riso pois não lembro de ela nem se quer ter me dado atenção.
—Como quiser, Mamãe! -disse e ela me olhou, abriu a boca para dizer algo mas desistiu no mesmo segundo, abaixou a cabeça e saiu do quarto, suspirei e me levantando.

Eu e minha mãe brigamos a maioria das vezes, somos como cão e gato, eu já estou cansada dela decidir tudo por mim e querer que eu faça tudo que ela quer. Olhe que a única vez que tive liberdade de escolha(e ainda tenho) é sobre meus vestidos, por tanto insistir em escolher minhas próprias roupas ela deu um braço a torcer e finalmente não me obrigar como antes a usar aqueles vestido amarelos que me deixavam parecendo um bumbum de um vagalume.
Não que eu não goste do amarelo, claro que não. Mas eu já estava enjoada de usar amarelo pastel, amarelo caramelizado, puxado para um pouco de verde, talvez um pouco laranja ou até um mais forte... eu certamente parecia um limão, cítrico e amarelado demais! E por céus, obrigada por ter me livrado do mal gosto de mamãe.

Sai dos meus devaneios por uma criada adentrando o cômodo, sentei na cadeira de minha penteadeira e ela começou a fazer meu penteado, por escolha minha ela fez meus cabelos soltos com alguns cachos, não queria extravagância, afinal eu não quero chamar nem um pouco a atenção.
Depois de ter rosado um pouco as maçãs de minhas bochechas e ter colocado um vestido verde pastel que particularmente fica lindo em mim, o contraste do verde com o ruivo do meu cabelo é magnífico! Devo admitir que verde é minha cor.
Desci as escadas e logo encontro Marina tomando o seu chá, era cedo demais para que comece aparecer uma alma viva já que mamãe nos acordou as 6 da manhã!

—Olá Penelope! Junte-se a mim meu bem.
—Bom dia Marina, como vai ? -dei a ela um sorriso amigável.
—Muito bem, inclusive. E você ? -ela disse enquanto eu Servia meu chá e pegava uns biscoitos.
—Brava de fato, mamãe nos acordou as 6 da manhã!! -disse e ela riu.
—De um desconto, Portia nunca esteve tão famosa em uma temporada!
—Como sabe ? Digo... já que literalmente isso aqui é tudo novo para você...
—Lady Whistledown, eu li muito ela da onde eu morava, sonhava em participar da sociedade e bom... ouvi falar muito bem de nós duas no baile de ontem, ouvi dizer que você era um enfeite de parede e que ficaram chocados quando a viram dançando com um cavalheiro a não ser um Bridgerton. -ela disse e eu sorri, meus negócios com Whistledown eram bons, mas não sabia que tinha essa dimensão...
—Os Bridgertons sempre foram muito receptivos comigo, digo literalmente já que me consideram um membro da família.-disse e rimos.
—Talvez você realmente seja, Colin Bridgerton se não me engano, ele parece ser mais que um amigo. -ela disse e eu me engasguei com o chá, como assim ela tem essa percepção totalmente desconexa ?
—Oh, não! Claro que não. Colin é um cavalheiro desejável de fato, mas nunca olharia para mim Marina, alheais, nós dois só somos amigos!
—Ele me transpareceu sentir outros sentimentos... bom, talvez eu esteja viajando mesmo. -ela riu.
—Com toda certeza! -sorri desconcertada para ela, em que mundo Colin Bridgerton teria olhos para mim? Marina talvez não perceberá mas talvez a incrível gentileza dele transpareça sentimentos diferentes para quem realmente não o conhece. Eu o conheço, eu sei quem é o Colin, e sei que ele jamais me olharia com outros olhos a não ser como melhor amiga de sua irmã e sua amiga.

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