18 - Déjà vu

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Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ʀᴇᴠɪsᴀᴅᴏ. ✓
«'♪ ' ˢᵃˡᵃ ᵈᵒᶻᵉ

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Na quarta-feira, parecia que Minho e Jeonghan se aproximavam cada vez mais.

Jisung estava mesmo seguindo o caminho certo?

Ele decidiu faltar na quinta-feira para ficar atoa e pensar, pensar muito.

Agora estava na sexta-feira.

Eram exatamente meia noite e cinquenta, estava sem sono e entediado.

Até que seu celular tocou.

Sim, era ele.

— Essa hora? – Acabou atendendo.

— Por que faltou ontem? Eu precisava falar com você, fui até a sua sala e me disseram que você faltou. Aconteceu alguma coisa? – Minho falava num tom de preocupação.

— Eu não estou muito bem, mas sobre o que iria falar? Tipo, é quase uma da manhã e você me liga.

— Sobre a carta. Você vai amanhã, digo, hoje depois do intervalo?

O castanho suspirou. — Sim. Mas por que logo eu? Tipo, você poderia pedir para o Felix ou o Hyunjin entregarem.

— Não. Preciso que seja você, Hannie.

O Han ficou em silêncio.

Mas seu coração gritava.

Estava tentando ao máximo conter seu sorriso ao ouvir aquele apelido voltar a ser pronunciado pelo moreno.

— Tudo bem, Lino. Mas tem algum motivo pra ser apenas eu quem pode entregar?

— Você nem imagina. – Riu. – Eu não quero entregar a carta pessoalmente, quero que você entregue para ele e que faça com que ele leia linha por linha.

— Mas e se eu for e não tiver ninguém lá?

— Apenas mantenha a calma e faça ele ler tudo que eu escrevi.

— Uau, tudo bem. Você finalmente aprendeu a escrever algo bom? — Um sorriso se formou inconscientemente. — E quando eu devo entregar?

— Depois do primeiro intervalo às onze.

— Espera, mas meu intervalo é as onze e Jeonghan não pega intervalo essas horas, só meio dia. O que você pretende fazer?

— Descubra. – Riu do outro lado da linha. — Preciso desligar agora, fique bem Hannie, boa noite.

— Boa noite. – A chamada foi desligada.

Jisung estava pensativo.

Como ele entregaria se os horários do Yoon não batiam com o horário da entrega?

"Ok... vou apenas ir no horário e ver o que acontece."

Para o Han, parecia assustador o fato de já ser sexta-feira.

Mas para Minho, ele aguardava de forma torturante os minutos e cada hora que passava.

[...]

— JISUNG! – a mulher praticamente gritou perto da cama do garoto, que se levantou de uma vez assustado.

— MÃE? – a mais velha caiu na gargalhada ao ver o mais novo confuso. — Céus, pra que tudo isso?

— Hoje você não sai dessa casa enquanto não estiver milimetricamente arrumado. – a Han foi até o guarda roupa revirando as roupas e escolheu uma peça.

— Qual o motivo?

— Hoje é sexta-feira, eu gosto de sextas-feiras, hoje é uma sexta-feira especial então você não pisa fora dessa casa enquanto não estiver impecável. Você já é perfeito, mas vai ficar mais ainda, vamos, tira essa cara de triste e coloque um sorriso.

"Mas você não costuma gostar de sext-"

— 'Tá... vou tomar um banho, ok senhora?

— Anda logo, hein. Pega. – Entregou a peça escolhida.

O castanho pegou sua toalha e desta vez não demorou tanto no banho, já que sua mãe gritava a cada dez minutos para ele sair de lá.

Vestiu-se rapidamente com a peça que havia sido dada movido à pressa da mais velha.

Ao sair do banheiro, só faltava os olhos da mulher brilharem.

— Belíssimo, vem cá. – Pegou o pente e ajeitou o cabelo do mais novo da forma que sempre fazia para ter um ar de Han Jisung e para finalizar borrifou um pouco de perfume no mesmo. — Espero que não esteja me achando exagerada.

— Mas você est-

— Eu só quero que meu filho ande arrumado, oras. Hoje eu levo você, pega sua mochila e eu te espero no carro tchutchuquinho!

— Mãe! – Não pôde conter um sorriso ao ouvir o apelido que era tratado no seu período de infância.

Pegou a mochila com seus materiais e desceu as escadas, pegou sua cópia e trancou a porta, logo passando pelos portões e entrando no carro da Han.

Ela parecia animada de mais para o seu gosto.

Bem, deveria ser apenas bom humor.

Mas ainda estava desconfiado.

O trajeto foi tranquilo, de vez em quando sua mãe cantarolava as músicas que tocavam no veículo e se movia no ritmo da música.

O castanho saiu do carro já sentindo os olhares encima de si.

— Vai lá filho, boa s- digo, boa aula. – Corrigiu sua frase e acenou freneticamente ao abaixar o vidro.

Sua mãe já era bem animada, mas neste dia parecia que havia acordado "ligada no duzentos e vinte".

Foi então que lembrou, tinha que buscar a carta com o moreno para entregá-la hoje para Jeonghan.

Passou pela entrada e parou em frente ao prédio de matemática ao ver que lá estava ele.

— Passa a carta. – O castanho estendeu a mão, esperando a carta ser colocada lá. — O que foi? Me dê a carta.

O Lee olhava nos olhos de Jisung, pois se seu olhar caísse, ele cairia em tentação.

Ele pegou a carta num envelope milimetricamente bem feito e entregou nas mãos do Han.

— Depois do Intervalo? – O mais novo perguntou e viu o moreno assentir.

Minho não conseguia falar nada pois estava perplexo com a roupa do castanho.

— Ok então. – Iria se virar para ir até o seu prédio, mas sentiu seu pulso ser segurado.

— Não vai se despedir? Que falta de educação. – Tinha um sorriso provocativo em seus lábios.

— E se eu não quiser?

— Vamos continuar fazendo cena para as pessoas que estão interessadas em nos olhar. – Riu. — Isso não te lembra algo?

Jisung tentava ao máximo esconder seu sorriso.

— Idiota, até mais, Lino.

— Até logo, Hannie. – Soltou seu pulso, deixando-o ir e entrar em seu edifício.

Minho disse algo que definitivamente ocorreu dias atrás.

O mesmo diálogo.

E o mesmo sentimento.

Han JiSung, Sala Doze | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora