19 - Reflexos seus, e seus

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Jisung foi até sua sala e ficou por ali, não estava afim de ficar fora dela e ser o centro das atenções, aquilo lhe dava um certo desespero.

Viu os alunos passarem por ali, a sala estava praticamente cheia e suas pernas inconscientemente tremiam ao notar por visão periférica os olhares sobre si.

Na realidade, ele não deveria ter feito algo que chamaria atenção de muitas pessoas, no caso, todos sabiam quem era e o que fazia o Han Jisung da sala doze.

Ou melhor dizendo, o garoto da sala doze.

E também não deveria ter mexido com Lee Minho, assim não teria sido alvo de milhões de boatos.

Não deveria ter se apaixonado por ele.

O Han pegou um caderno qualquer para rabiscar, era sexta-feira e ele não deveria pensar no quão perdido estava, e sim que esta é sua chance de entregar a carta e esquecê-lo.

Sim, era isso que ele faria.

Encontraria uma saída sozinho.

Quando o professor chegou a sala já estava completa com os estudantes necessários para dar início a aula.

Desta vez o assunto seria derivado do que foi ensinado ontem, porém desta vez ele explicava sobre a linguagem da arte visual, pinturas ou não.

Eram tão boas as aulas, tão bom os conteúdos que sequer tinha tempo para pensar no que o fazia triste.

Seus pensamentos sobre a carta e Minho já estavam mais organizados, claro, sua mente estava mais organizada.

Porém o seu coração nem tanto.

Quando o professor declarou uma pausa na terceira aula, o castanho não estava muito afim de perambular pelo prédio, nesse horário Felix ainda estava em aula e ainda por cima era a única pessoa daquele prédio que ele conhecia.

Então decidiu ficar por ali na sala descansando sua mente e tentando acalmar seu coração.

Sim, ele estava triste, não foi fácil aceitar que estava gostando de alguém que o colocou em furadas desde o ano passado.

"Vou entregar a carta, sair da sala e esquecer tudo isso."

"Vou entregar a carta, sair da sala e esquecer tudo isso."

Não importava quantas vezes Jisung repetisse isso em sua mente, seu coração ainda estava agitado.

Mas, o que fazer?

O destino é cheio de surpresas.

Ao fim da pausa, a quarta aula teve início.

Tudo foi bem, fez as atividades tranquilamente e não desviou sua atenção de nenhuma das palavras que o professor dizia.

Pegou recomendações de livros sobre a história da arte com o mesmo e passaria na biblioteca depois para buscá-los.

Desta vez seria impossível se perder no labirinto novamente.

Então o intervalo chegou, mas antes do sinal tocar Hyunjin e Felix já estavam na porta o aguardando.

Pegou o envelope e colocou numa pequena pasta para o papel ali não ser dobrado.

— Que eu saiba eu vou entregar a carta só depois do intervalo, então o que faz aqui Hyunjin? — o castanho questionou.

— Nossa! Me sinto indesejável se disser isso. — dramatizou.

— Hm... Você serve para fazer artes cênicas, eu pagaria para te ver em uma peça de Romeu e Julieta. — o australiano riu. — Vamos caminhar um pouco. — os três ficaram por ali rodando os prédios enquanto conversavam.

Han JiSung, Sala Doze | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora