Our Love Has Aged - Malila

28•

Carla Maraisa Henrique Pereira Pov

Tiros, gritos, passos, correria, medo.

Era isso que eu escutava, e sentia, tinha medo do risco que estávamos correndo, lógico que Marília fugiu junto com a gente para um lugar, para minha alegria, que não durou por muito tempo, já que ela me disse que teria que voltar, para ajudar sua Gangue.

É tão difícil entender isso, Marília, comanda uma gangue? Como? Ela nunca me contou isso... ela escondeu tão bem, ela sempre esconde tudo, de mim. Percebi isso!

Achei que conhecesse a Marília, mas não. Estou totalmente por fora dela.

- Mama, estou com medo. A maman não vai voltar? - Léo diz, agarrado em minha perna, passo minha mão pelo seus cabelos, e me abaixo.

- Pequeno, eu sei que está assustado, é tudo muito novo para ti, mas vai ficar tudo bem, sua maman vai voltar... - digo e solto um suspiro pesado  - pelo menos eu espero... - digo baixo

- Maraisa... - Maiara diz, quando eu levanto com Léo no colo

- Se for para esfregar algo na minha cara, Maiara! Não é a hora, estou preocupada com a minha namorada! Estou preocupada com meu filho. Tudo muito novo, Maiara! Nunca pensei, que iria passar por isso, Nunca.

- Me desculpa... Eu sei que está difícil, mas tenta entender meu lado, Maraisa. - interrompo ela

- Não, eu não preciso entender seu lado, você que precisa entender o meu. Não é a hora certa de você, querer brigar comigo. Se quiser quando saímos daqui, todos bens. Você pode falar tudo. Mas nesse momento, Não.

Maiara abaixou sua cabeça- ando de um lado para o outro, Léo estava morrendo de sono, mas também estava morrendo de medo, qualquer barulho, que no caso estava fazendo até que demais. Ele se assustava!

logo escuto um tiro, e um grito de alguém...

Meu coração ficou apertado...

- SALVEM ELA, ELA NÃO PODE MORRER - ouço a voz de Gustavo.

Não... Ela? Ela não pode morrer? Não é a Marília... não é.

- A MARÍLIA ESTÁ PERDENDO SANGUE, PORRA! LIGA PARA AMBULÂNCIA, ELA VAI MORRER DESTE JEITO, DESGRAÇADO. - Gustsvo gritava.

Ele falou, Marília? Não... Não podia ser, a Minha Marília? É mentira.

- Maiara, fique com Léo! Eu necessito ir lá fora. - dou Léo para Maiara

- Maraisa, é perigoso! - Maiara me alerta, meus olhos já estavam cheios de lágrimas.

- Perigoso, é o que Marília está fazendo por mim. - saio daquele cômodo.

Corpos, sangue, muito sangue.

Tento ignorar tudo isso, meu foco era ela, meu foco era a minha namorada, minha Marília!

Procuro, ela por todos os lugares, até que vejo um certo movimento estranho, me aproximo.

Vejo Marília, no chão... sangue em seu ombro, seu rosto tinha alguns arranhões.

Me aproximo dela, me ajoelho diante a ela, passo minha mão em seus cabelos.

- Me promete, que não vai me deixar, Marília? Me promete...? Não me deixa, por favor! Eu preciso de você. - minhas lágrimas molhavam meu rosto.

Suspiro.

- Por que sempre com você, em? Por que, diabos você é tão teimosa, e sempre tem que acontecer algo com você? Em? Não me deixa, amor... por favor! - minha voz sai cortada

- Você disse que ia ficar junto comigo, por que, Marília? - aliso seus cabelos.

- Se afasta, Maraisa. - Gustavo diz.

- Quem fez isso, com ela? - pergunto - ME RESPONDA.

- a porra de Antonella, ela fugiu. Os médicos, eles estão chegando, Maraisa! Se afaste. - Ele diz.

Levanto.

Me aproximo de Gustavo e envolvo ele em um abraço, ele corresponde.

- me diz que ela vai ficar bem, Gustavo! Me diz. - Digo molhando sua blusa.

- Ela vai, Maraisa... ela vai! -  ele tenta me acalmar

[...]

Estou aqui, em uma cadeira de hospital, acompanhado de Gustavo.

Antonella, aquela filha da mãe, fugiu. Ela é a única que está viva... esqueci de contar para vocês, não é mesmo? Noah e Danilo, morreram! Felizmente.

E melhor ainda, Marília quem matou eles. Não me orgulho, dela matar alguém. Afinal, eu tinha que saber essa história direito.

Logo aparece um homem, que deduzi que seja um médico.

- Acompanhantes de Marília Mendonça? - ele diz, eu me levanto rapidamente juntamente com Gustavo.

- Ela está bem? Corre algum risco? - Gustsvo diz, o médico ri. Por que diabos ele tá rindo? Tem algum palhaço aqui?

- Se acalme, jovem! Ela está bem, por sorte o tiro foi de raspão, ela está acordada, e está bem. Querem ir visitar ela? Mas tem que ser um de cada vez.

Olho para Gustavo, ele assente.

- Eu vou! - digo.

O médico abre um sorrisinho, não fui com a cara dele. Ele me guia até aonde está o quarto de Marília.

- Fique tranquila, sua amiga está bem! - ele diz e eu sorrio irônica.

- Amiga? - digo

- Sim, Marília Mendonça não é sua amiga? - ele pergunta confuso.

- Não é a palavra correta de se usar. Podemos dizer que ela é minha namorada, Prazer, Maraisa Pereira! - digo.

- Oh, me desculpe, senhorita Maraisa. - ele se retira, cara mais estranho.

Abro a porta, e me deparo com a morena.

- Você tem que parar de me matar do coração, Marília Mendonça. sabe quantas horas eu estou aqui? - digo, quando eu entro.

Marilia abre um sorriso.

- Fiz de tudo, para te salvar! E sim, estou bem, Maraisa! Obrigada por perguntar - Ela diz ironicamente.

- Desculpe, estou nervosa com você ainda, que bom que está bem. Preciso de você bem, por que tem uma criaturinha, que pergunta por você a cada 2 segundos. - digo e ela ri.

- Saudades do meu pequeno, ele está bem? - Ela pergunta.

- Um pouco assustado, ainda. Mas sim, está bem.

Ela me observa um pouco, estamos sorrindo uma para a outra.

Eu amava essa mulher, e ninguém, ninguém, vai ser capaz de separar nós duas.

- Eu amo, amar você! - Ela diz, e eu me aproximo dela, deixando um longo selinho em seus lábios.

- Eu também, amo amar você! Mas não pense que eu esqueci, que história é essa Marília Mendonça, uma gangue? - pergunto.

- Exatamente, gostou? Sou da máfia. - ela diz rindo

- Não é engraçado, como eu nunca soube disso? Se eu soubesse, iria ficar orgulhosa de namorar uma mafiosa - faço um biquinho, e ela ri.

- Agora você sabe. - Ela diz

- Te amo, sabia? - digo.

- Também te amo, sabia? - Ela diz.

Eu queria passar o resto da minha vida, junto com ela. E eu estava decidida a isso.