Capítulo 12: Se acalme

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─ Disse algo?

─ Não, nada. ─ O direcionei até o sofá da sala de estar. ─ Por favor sente-se, eu não demoro. ─ Partes de mim se espalhavam, separavam-se e não parecia ter conserto.

Eu estava despedaçado.

─ Sem problemas. ─ Sentou-se.

Sumi pelos corredores, entrei em meu quarto e bati a porta, Dazai me seguia.

Sentei a beira da cama, puxei os fios desarrumados de meu cabelo, lágrimas intrusas insistiam em cair.

Se acalme, se acalme, se acalme.

─ Chuuya... ─ Osamu aproximou sua mão de meu rosto mas o impedi com o antibraço, ele se encolheu.

Suspirou pesado e se sentou em minha frente.

Meu choro destoava para além de minha alma, que destroçada implorava por quietação.

Soluçava o desespero que subia à minha mente, sussurros me mandavam fugir, vozes clamavam por redenção e gritos imploravam por calma.

SE ACALME, SE ACALME, SE ACALME.

Em sequência você me abraçou, e era como se nada mais importasse. Não resisti, eu era submisso a qualquer mínima demonstração de afeto que viesse de você.

─ Vai ficar tudo bem. ─ Admirei os seus olhos e a paz inigualável que transmitiam.

─ Vou me trocar. ─ Sussurrei com a voz embargada, respirei fundo e levantei-me.

Dazai sorriu orgulhoso, saindo do cômodo seguidamente.

─continua no capítulo 13.

─notas do autor: o próximo capítulo vai ser um dos mais problemáticos, algum palpite?

Cupido ─ SoukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora