Capítulo 6: Volta para a cidade

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Recordo-me vagamente da noite anterior na qual ainda a baixo da árvore infrutífera adormecia em seu colo enquanto acariciava as mechas de meu cabelo, você depositou um beijo em minha testa e com o sonar passivo desejou "Durma bem."

Posteriormente a isso, não me recordo de muito, levantei de minha cama e igualmente ao meu corpo minha cabeça estava leve, como se houvesse tirado dela um grande peso. Acordei no colchão enrijecido e no ar frio de meu lar, é detestável ter que admitir que preferia ter acordado no calor de seus braços, é algo que nunca sairia de meus lábios e se propagariam em seus ouvidos.

Despertando-me de pensamentos longínquos você entrou pela porta carregando consigo uma pequena cesta repleta de morangos, pareciam apetitosos a minha vista.

E então você sorriu.

─ Está acordado. ─ Expressou como se fosse algo grandioso. ─ Trouxe o café da manhã. ─ Posicionou sobre a mesa a cestinha com morangos, não era como se estivesse em alguma dieta vegetariana ou algo do tipo, apenas a vizinhança por perto não disponibilizava resquícios de industrialização.

Não disse nada, não era familiarizado com a mania de falar pela manhã cedo, você sentou-se do meu lado e em alguns minutos de silêncio proferiu:

─ Não gostaria de voltar a cidade? ─ Apertou minha mão e encarou-me determinado a me tirar daquele fim de mundo, por mais contraditório que fosse, senti que para onde quer que fosse estaria seguro se você estivesse por perto. ─ Quero que saiba que vou estar com você independente de onde estiver. ─ Você disse e eu cedi.

─ Vamos voltar esse final de semana. ─ Não podia continuar a fugir dos meus problemas.

E então você abraçou-me e aos poucos percebi que estava me acostumando com o calor de seu corpo.

─ Vai ficar tudo bem. ─ Você prometeu.

─continua no capítulo 7.

Cupido ─ SoukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora