Capítulo 13

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Capítulo 13
Sofrer e amar


Capítulo 13Sofrer e amar

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Levei a colher de sorvete a boca, o sabor de morango invadiu a minha boca logo derretendo.

Outra vez eu estou aqui virando noites...

As olheiras do meu rosto estavam videntes e meu corpo estava fraco. Faz muito tempo que não como uma comida descente.

Não tô dormindo, almoçando, jantando e nem socializando nas redes sociais...

Parei de gravar vídeos por um tempo e fazer lives. Eu tô tão triste graças ao Katsuki.

Eu choro toda a noite, revejo as nossas mensagens e fotos, ouso seus áudios e fico atualizando o perfil dele nas redes sociais buscando ver fotos do mesmo.

Já se passou muitos dias... Ele não me mandou nenhuma mensagem e nem ligou.

Porém, eu acabo virando noites comendo besteiras e vendo filmes aleatórios.

Impressionantemente eu emagreci bastante. Estou pálido, magro, com olheiras e deprimido.

Eu tô chorando mais que o normal e isso tem me preocupado. Não ligo pra nada, não como, não durmo, não ligo pra nada ao meu redor...

Tudo isso veio depois da minha discussão com o Katsuki. Eu pensei que se eu pensasse e me acalmasse ele me mandaria mensagem mas... Eu estava errado.

Nenhuma ligação ou mensagem. Isso só prova que ele desistiu de mim...

Se eu mandar mensagem pra ele só vou fazer papel de bobo, afinal já se passou muitos dias e ele já deve ter achado outra pessoa...

Ele é bonito, tem uma boa personalidade, mesmo sendo muito explosivo, é engraçado e tem ótimas piadas... Não vai demorar pra alguém preencher meu lugar.

Meus olhos se encheram de lágrimas novamente.

A campainha tocou e eu encarei a porta curioso. Era unas três da manhã, impossível ser o carteiro.

Podia ser um sequestrador mas era improvável um sequestrador tocar a campainha.

Me levantei e encarei o que vestia, eu estava apenas uma blusa grande até minha coxa que eu usava como pijama por ter um ursinho bebê super fofo como estampa.

Foda-se, eu tô deprimido demais pra ligar pra minha reputação no apartamento.

Afinal, provavelmente é o vizinho vindo reclamar do volume da tv de novo.

Abri a porta. Meus olhos se arregalaram e meu peito começou a bater mais forte me deixando ofegante.

Lá estava ele... O cara loiro de meus pensamentos deprimidos...

Ele estava ofegante e suado, me encarou por uns segundos enquanto eu me arrependia de não ter posto um short.

O mesmo estava corado e com uma postura estranha, parecia fraco e cansado demais pra pensar muito.

Tinha olheiras profundas e estava pálido. Estava no mesmo estado que eu se pensar assim...

Ri com esse pensamento.

— Deku... — Ele sussurou, o encarei um pouco até ele me envolver em um abraço.

Seus braços me envolviam com paixão e amor, a ardência que tinha no meu peito se transformou em paz e tranquilidade... Talvez seja daquilo que eu precisava... De um abraço do Katsuki.

— Kacchan... — Eu sussurrei o abraçando de volta.

— Eu tô tão feliz em te ver... — Abraçou a minha cintura enquanto afundava o rosto em meu pescoço.

O mesmo segurou o choro enquanto uma de minhas mãos iam até seus cabelos e acariciava os fios loiros.

Por um segundo eu esqueci de nossa briga. Esqueci de tudo.

Eu só precisava dele agora...

— Eu tava errado Deku... — Ele começou a chorar. — Me perdoa...

— Kacchan...? Você tá chorando? — Ele perguntou confuso enquanto ele me apertava mais forte.

— Não me deixa... Não se vai...

O cheiro de álcool invadiu as minhas narinas, era cheiro de bebidas alcoólicas, mas especificamente de whisky com vodka e tequila.

— Você tá bêbado...? — Um toque de nostalgia me atingiu e ele mordi o lábio inferior.

— Me perdoa... — Ele começou a sussurrar. — Eu te amo...

— Ama?! — Elevei a voz com os olhos arregalados.

— Amo muito... — Ele começou a apoiar o seu peso em cima de mim.

— Espera, você é pesado... — Ele começou a me apertar enquanto eu lutava pra me manter em pé.

Caminhei até a sala e o joguei no sofá. Não é por nada não, mas ele é muito pesado...

Fechei a porta de casa e voltei pra sala. Ele estava resmungando e fazendo bico.

— Eu gosto do Deku... — Começou a resmungar. — Shhh... Não conta pra ele...

Eu ri de seu jeito bobo e bêbado. Ele não tem nem consciência de que eu sou o Deku.

Quer dizer, ele tinha consciência de que eu era o Deku a alguns segundos atrás.

— Kacchan. — O balancei e ele resmungou. — O quanto você bebeu? Quer água?

Ele riu enquanto fechava os olhos e caia no sono.

Por um segundo eu realmente esqueci da nossa briga... Acho que a saudade acabou comigo.

Bufei e me sentei no sofá ao seu lado, encarei a televisão com um filme qualquer pausado e meu celular descarregado na mesa.

Comecei a pensar no que ele me disse a alguns minutos atrás. Embora ele esteja sem consciência, o que ele disse parecia muito sentimental...

"Eu te amo..."

Pra alguns essa frase pode ser normal, mas foi a primeira vez que ele disse pra mim que me amava sem uma piada ou toque sarcástico.

Também é a primeira vez que alguém disse "Eu te amo" pra mim dá maneira tão pura e amável.

Enchi os olhos de lágrimas e apoiei no braço do sofá que continha uma almofada.

— Eu te amo Deku... — Ouvi sua voz me chamar e logo um soluço. — Me ame também...

Ele começou a chorar.

Talvez tivesse tendo um pesadelo.

Fui até ele e depositei um pequeno beijo em sua testa, ele segurou a minha mão enquanto soluçava e chorava.

Acho que ele também sofreu nesse meio tempo...









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