|04| "Dois lados de uma moeda."

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Capítulo Reescrito ✓
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22 de Abril de 2024
Tailândia — Bangkok / 22:24

Mew

Ser filho de Heji Suppasit não é uma das melhores coisas do mundo, quer dizer, eu amo minha mãe! Ela é uma mulher incrível! Mas tem um porém, ela é uma Suppasit. Ser um Suppasit significa ser rico, ser reconhecido, ter respeito, ter privilégios, vir de família boa e, consequência disso, ter falsos amigos e muita gente querendo casar com você ou arrumar um casamento para você.

Eu, como filho da mulher que comanda o maior negócio dos Suppasit, recebo muitas ofertas e vou a muitos eventos com minha mãe. Precisamos manter uma imagem, não que isso seja o mais importante, mamãe sempre repete que devemos priorizar aquilo que é realmente importante para nós, como família e amigos.

Falando em coisas importantes, eu deveria mencionar o Gulf. Esse ômega afrontoso que não perde a oportunidade de bater de frente comigo é realmente especial, uma peça importante na minha vida.

Uma das primeiras lembranças que tenho com ele é com mais ou menos 4/5 anos. Eu estava curioso para saber quem era aquele garotinho que sempre estava na minha casa com tia Hawa.

Mamãe me contou que ele era filho da minha tia e que nós seríamos amigos futuramente. Perguntei por quê ele tinha um cheirinho doce sendo que era um menino, os meninos que eu conhecia não tinham cheirinho doce.

Mamãe riu quando me contou que era porquê Gulf era um ômega, e por isso tinha um cheirinho leve. Fiz várias perguntas naquele dia, uma delas foi sobre se eu era um ômega também. Mamãe me disse, acho que pela primeira vez, que eu era um Alfa.

Depois disso são só borrões na memória. Nada mais é claro. Desse tempo em diante me lembro de algumas coisas relevantes que fiz questão de guardar comigo sempre.

Como quando comecei a estudar na mesma escolinha que Gulf. O que me chamou a atenção nele era o fato de que ele não ligava pra mim, enquanto as outras crianças queriam ficar por perto ele se sentava sozinho pra brincar com os bloquinhos.

A implicância que iniciei com ele teve origem assim, por bloquinhos e a birra de um moleque de 5 anos que queria todos aos seus pés.

Eu só sei que desde sempre ele foi diferente pra mim, não parecia um ômega como os que eu estava acostumado. Seu cheiro era mais forte que o dos outros, mas isso não fazia dele mais fraco. Ele tinha uma mãozinha gordinha e pesada!

Eu era uma criança muito curiosa e queria saber por que minha mãe e tia Hawa viviam apertando as bochechas do Gulf, então um dia qualquer, eu me levantei e fui até onde Gulf estava brincando com seus bixinhos e apertei as bochechas dele vendo que elas eram tão macias quanto as bolotas de algodão. Acabei apertando muito e Gulf reclamou, achei que ele iria apenas chorar, mas na verdade ele pisou no meu pé e puxou um pouco meu cabelo e voltou a brincar.

Daí veio brigas e mais brigas entre a gente até ganharmos o título de melhores inimigos. Era aquela coisa, uma relação de amor e ódio onde o ódio se sobressaia.

Bom, pelo menos para mim era amor, agora da parte do Gulf parecia ser ódio. O único jeito que achei para ter sua atenção sem precisar ferir meu orgulho foi com as brigas. Era fácil irrita-lo! Eu podia testar muitas formas e saberia com precisão aquilo que o deixava de cabelos em pé só pela mudança no ar a sua volta.

Bagunça era algo que o deixava inquieto, tom de deboche o irritava, responder com irônia e compara-lo a animais era a gota para que exploda.

Além disso.

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