|10| ¡Você é meu!

1.6K 115 194
                                    


Gulf

Eu nunca fui muita fã de sair de casa para ver um aglomerado de pessoas, e nos poucos casos em que eu aceitaria isso tranquilamente, é se no caso fosse para ir em um show da minha banda favorita. Aí não teria multidão que me deixasse desconfortável. Só que aqui, dentro desse museu que foi o lugar onde estão fazendo essa "festa de gala" é o fim dos tempos para mim. Desde que entramos, pude ver muito luxo exagerado que eu tenho certeza que não precisava estar ali.

Do tipo um tapete vermelho na entrada, decorações douradas na porta e até os seguranças que andavam com uma rosa no uniforme.

Todos caracterizados.

Eu entrei com tia Heji e mamãe entrou com o Mew, mas lá dentro andamos lado a lado. Não demorou muito para que alguém apareça cumprimentando nossas mães e depois cumprimentando o Mew. Só que a coisa desandou quando chegou em mim. O olhar que eu recebi daquele homem arrepiou minha espinha. Sabe quando a pessoa olha pra você e te analisa de cima a baixa com uma cara estranha? Eu queria muito que aquele olhar fosse de nojo! Porque do jeito que me olhou, pareceu gostar do que viu.

Não lembro e nem faço questão de lembrar, mas o homem diz que desde a última vez que me viu, eu mudei muito e estava mais "bonito e encantador". Agradeci aos deuses quando ele foi embora ou expulso porque tia Heji deu a entender que ele precisava sair.

Mew estava do meu lado parecendo entediado, e nossas mães não estavam muito diferente, mas elas sabiam fingir melhor.

— O que eu não daria para não ter que vir aqui pelos próximos anos da minha vida. — Mamãe fala sorrindo e bebe de sua taça.

— Nem bem cheguei e estes sapatos já estão me matando. — Tia Heji reclama.

— Aguenta, você que os escolheu para hoje, devia ter pensado melhor na hora que os comprou. — Mamãe responde.

— Na próxima vez eu estarei aqui de terno e tênis. — Tia Heji reclama e nós rimos.

— Tem certeza que é a dona da agência Suppasit? — Mew fala zombando.

— No momento sou apenas uma mulher sofrendo com saltos que machucam. — Disse nada feliz.

Mew pegou uma taça de uma bandeja de um garçom que ia passando, e quando ia beber, tia Heji pegou dele.

— Ou! Isso é meu.

— Nada de bebida pra você rapazinho.

— Sou maior de idade mãe, não me trate como um filhote.

— Não interessa, você não vai se acostumar a beber e tomar isso como hobbie, eu não admito isso. — Fala e bebe toda a taça de uma vez.

— Mas você tem uma coleção de vinhos no seu quarto, He, não acha um pouco injusto? — Mamãe fala.

— Beber e colecionar são coisas totalmente diferentes. — Ela se defende.

— Mas você-

— Eu nada. Vamos nos juntar com a Nataly, ela está ali, veja só. — Tia Heji levou minha mãe com ela.

Nataly é uma das amigas empresárias das nossas mães, é uma mulher ômega muito admirada.

— Elas deixaram a gente aqui?

— Sim.

— Melhor irmos com elas, não quero ficar aqui e mais gente estranha vir nos bajular.

Chegando próximo à elas, percebo que algo não estava certo. Nataly estava um pouco mais distante e minha mãe e minha tia estavam com aquele cara de antes.

Maldito Suppasit Onde histórias criam vida. Descubra agora