Mentiras podem ser aproveitadas

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— Vocês realmente adotaram um casal! — exclamou, afoita, aproximando-se quase com medo de tudo ser um sonho.

— Sim, eles são irmãos biológicos — Izuku explicou, enquanto Katsuki colocava Eri no chão, porém não surtiu muito efeito, já que ela se agarrou em sua mão e abraçou suas pernas, não o soltando de jeito nenhum. — Achamos que seria uma boa ideia deixá-los juntos. — Sorriu, afagando a cabeleira morena do garotinho.

— Sim, foi uma ótima ideia! — Mitsuki respondeu, abaixando-se para olhar a criança de perto. Kota corou e não demorou a se agarrar também na perna e Izuku. — Olá, pequeno, bem-vindo à família! — disse com completo gosto.

— Huum, obrigado... — Pela primeira vez, sentiu suas bochechas esquentarem com vergonha.

Mitsuki riu e logo foi ao encontro da pequena, que mantinha a cabeça baixa.

— E você! — Sorriu quando Eri subiu os olhos e logo os baixou envergonhada. — Você é muito linda! — E quis apertá-la quando ela pediu colo de novo para Katsuki.

— Algum problema? — Izuku saltou com o susto que tomou enquanto cobria Eri na cama. Ele virou-se e deu de cara com a loira na porta, observando-o dos pés à cabeça.

Izuku estava preocupado em como as coisas estavam progredindo, as crianças haviam se divertido tanto durante o dia, que talvez fosse difícil fazê-las se afastar depois. Era nisso que pensava, porém não achou que estivesse tão nítido em seu rosto.

— Não, não é nada. Obrigado pela preocupação. — Levantou-se para fechar a janela e logo as cortinas. — Eles brincaram bastante hoje, estavam cansados. — Sorriu e Mitsuki retribuiu ao segui-lo para fora do quarto.

— Está tudo bem mesmo? Parece preocupado com algo.

Izuku ficou nervoso e começou a balançar freneticamente as mãos em negação.

— N-ão é nada, eu juro. — Ouviu-a rir e suspirou, acalmando-se.

— Certo, vou respeitar o seu silêncio. — Tocou a bochecha do rapaz, afagando-a com carinho, ele não era tão mais alto do que ela. — Katsuki vai fazer o café da manhã de amanhã, então, por favor, não o faça dormir muito tarde.

Izuku jurava ter sentido um certo tom de malícia na voz da mulher e logo sentiu seu rosto esquentar com o que se passou em sua cabeça.

— O-Ok...? — Encarou qualquer lugar do corredor além dela, Mitsuki logo saiu, rindo de sua vergonha. — Kacchan, eu juro que te mato um dia! — Colocou a mão no rosto ainda quente.

— Espero ansiosamente por isso. — A voz veio de suas costas e ele se virou, vendo Katsuki aproximando-se com a toalha sobre os cabelos. Izuku suspirou, cansado daquele dia, nem iria retrucar o loiro, que passou reto nem o olhando.

— Kacchan, vamos dormir no quarto de seus pais. — Katsuki parou após passar da porta e voltou, seguindo Izuku para dentro.

Era o maior quarto da casa e a cama box preenchia o meio do recinto, estando próxima à janela ainda aberta, era cômico como Izuku começou a se sentir nervoso.

— Eu disse que poderíamos dormir no sofá, aquela velha maldita. — Jogou a toalha no cesto próximo ao banheiro.

— Eu tentei também, mas...

Algumas horas atrás...

— Kirishima dorme no sofá no quarto das crianças — começou. — Masaru e eu no sofá-cama da sala e vocês dois no nosso quarto — disse, encarando o genro, que ficou boquiaberto em como as coisas estavam andando.

Esposo de Mentirinha [BakuDeku]Onde histórias criam vida. Descubra agora