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Maratona 4/5

RD: PORRAAAAA - gritou, correndo em minha direção, e atirando no cara q me deu um tiro

Ele passou meu braço por cima do seu ombro, e me ajudou a levantar. Eu n tô com tanta dor assim, mas, minha perna ta sangrando muito.

RD: Vem, parceiro. - me guiou até a frente da casa da ruiva - Eu tive uma ideia

Ele tentou abrir o portão da ruiva, enquanto eu esperava apoiado no muro. O portão foi aberto, eu entrei com a ajuda do RD, e fomos pra perto da grade, tentar entrar

RD: Porra, ta trancado - avisou - RUIVA - gritou - AJUDA AQUI, MINHA CONSAGRADA

N veio ninguem, n tinhamos sinal da dama. Porra, e se aconteceu alguma coisa com ela?

Eu: Pq ela n responde, boy? Sera q aconteceu alguma coisa?

RD: Ta gamadinho na mina, né cachorrão? - zombou

Eu: Teu cu, arrombado - finalizei, e a ruiva apareceu no terraço.

Ela tava com a cara de assustada, olhando pra minha perna. Dei um sorriso quando vi ela, mas, parei quando desci minha vista pra suas mãos, vendo um facão em uma, e uma foice na outra.

Eu: Qual é a do facão? - perguntei, o RD olhou pra ela, e depois olhou pra mim, e assim, rimos juntos

Ruiva: Segurança em primeiro lugar - falou óbvio

Eu: Fiquei preocupado quando demorou pra aparecer - falei sem pensar, e o RD me olhou dando um risinho de lado

Ruiva: Ta gamado em mim, né? - debochou

Eu: Vai se fuder, vcs dois - falei, e os tiros ficaram mais altos

caralho, por um tempo, eu tinha esquecido q estavamos no meio de uma invasão. A ruiva correu pra dentro e voltou com a chave da grade. Ela abriu, e o RD me ajudou a entrar, me colocando no sofá.

RD: Cuida dele aí, belê? - olhou pra ruiva

Eu: Acha q eu tenho cara, de q precisa de ajuda? - falei irritado, e os dois me olharam

Ruiva: Acho- falou, junto com o RD

O RD saiu novamente, pra ajudar os caras lá fora. A ruiva trancou a grade e foi pra cozinha, voltando com uns panos, alcool, uma faca, um isqueiro, e alguns algodões

RD: Pra quê a faca, e o isqueiro?

Ruiva: Ja vai descobrir! - deu um sorrisinho, nervoso - Agora, bora começar logo com isso, q eu tô ficando nervosa - falou rasgando o pano em dois, e começando a estancar o sangue da perna.

Os tiros tinham se afastado por um tempo. Os meus caras em uma trocação lá fora, e eu aqui, parecendo uma criança. A ruiva entrou em um quarto, e voltou com uma maleta, tipo, de costura.

Eu: Já fez isso alguma vez - ela negou com a cabeça - Tem q tirar a bala - avisei, e ela me mostrou uma pinça, em sua mão

   Ela passou alcool na pinça, e pegou o outro pedaço de pano. Separou alguns algodões, e passou uma linha na agulha.

Ruiva: Tá. - olhou pra mim - Hora errada pra eu falar isso, mas, eu tenho problema com sangue! - falou, eu olhei pra sua mão, e ela tá tremendo - Estica mais a perna - fiz oq ela pediu, e ela enfiou a pinça na minha perna, sem cerimônia, nem nada. Me fazendo dar um grito de dor

Eu: AI, CARALHO - gritei, e ela se assustou - VAI DEVAGAR COM ESSA TROÇO

Ruiva:: OLHA AQUI - gritou tbm - FALA DIREITO CMG. EU N SOU ENFERMEIRA, E MESMO ASSIM TÔ TENTANDO TE AJUDAR, CARALHO - deu um tempo - OLHA PRA ISSO - mostrou as mãos - EU TÔ TREMENDO - segurei o riso

Passou um tempo, ela se acalmou, e eu também. Ela voltou a enfiar a pinça na pinha perna, e eu respirava fundo, pra diminuí a dor.

Ruiva: Pronto - mostrou a bala, cheia de sangue - Agora é a melhor parte - sorriu pra mim

Eu: A costura - falei, e ela negou com a cabeça - Então é oq?

Ruiva: Vc me perguntou pra quê a faca, e o isqueiro - lembrou, me fazendo juntar dois mais dois

Eu: Um caralho - falei, finalmente entendendo oq ela queria fazer

Ruiva: Não, uma faca - debochou - Para com isso, vc tem uma reputação a zelar - debochou dnv - E outra. Tem q queimar a pele, pra n inflamar!

Namoral, quando essa mina quer alguma coisa, ela consegue, viu... Ô bicha insistente. Ela começou a esquentar a faca no isqueiro, enquanto eu ligava no radinho, pra o RD perguntando oq tá acontecendo, lá fora. Ele n respondeu, oq me deixou mais nervoso, ainda.

Eu: Era pra eu tá lá fora com eles - falei - Tá terminando aí? - ela balançou a cabeça, falando um "terminei" - AAAA... CARALHO - gritei, dando um murro no sofá, quando ela encostou a faca.

Ruiva: Pronto - tirou a faca - Agora eu vou costurar - avisou, e começou a costurar minha perna, mas, a essa altura, eu n sinto tanta dor

Depois de um tempo, ela terminou de brincar com a minha perna, e foi pra o meu braço. Começou a limpar, tentando controlar o sangramento

Ruiva: Caralho, como vc sangra - fez cara de nojo

Eu: N vai queimar meu braço, não - avisei e ela revirou os olhos

O braço foi mais fácil, já q só foi de raspão. Ela costurou, e colocou um curativo feioso, na minha perna e no meu braço, finalizando tudo.

A DAMA, E O VAGABUNDO DONO DO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora