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      Duas semanas se passaram, e nesse tempo, eu não tenho visto o mascote, e ele não me manda mensagens, depois do que aconteceu. Eu não contei nada, nem pra Manuelly, nem pra ninguém, pois, só quem tem direito de decidir quando fazer isso, é ele! Mas, estou com muita saudades do meu amigo. Não vou mentir! Eu fiquei magoada com o jeito que ele me tratou!!!

     Enfim... Nessas semanas que se passaram, as coisas só ficaram melhor entre eu e o ratão. Ele me faz muito bem, e eu fico muito feliz ao seu lado. Ultimamente tenho passado mais tempo na sua casa, do que aqui, na minha. Ele me pediu tempo pra pensar em um nome pra oq a gente tem, mas, até agr ele não falou, nem resolveu nada. Por isso, eu nunca sei responder quando perguntam oq a gente tem!

     Agora, eu estou aqui, me arrumando pra ir na casa do mascote. Sei que ele não quer falar cmg, pq tá com medo que eu coloque a boca no trombone. Mas eu nunca faria isso, e tenho que falar, e demonstrar isso pra ele. Eu tbm tô indo lá, pra agradecer a ele, por entregar meu currículo na padaria, daqui do morro.

FUI CONTRATADA!!!

    Finalmente arrumei um emprego, e eu estou muito feliz. Sei que não é o trabalho dos sonhos, mas, é melhor que nada. E por isso, vou na casa do mascote, pois, foi ele que me apresentou, algumas semanas atrás.

(...)

    Tô aqui parada, na frente da casa do mascote, faz uns 5 minutos, tentando criar coragem pra chamar, ou entrar. Eu tava parada só encarando o portão, quando escutei uma moto parar atrás de mim, e alguém falar.

Mascote: O que vc tá fazendo aqui? - falou descendo da moto

Eu: Preciso falar com vc - percebi que ele tá evitando olhar pra mim

Mascote: Não posso falar agora - passou por mim, e abriu o portão, entrando

Eu: Não. - falei, impedindo ele de fechar o portão - Vc não entendeu - entrei - Você vai falar comigo - ele me olhou - Agora!!!

    Ele me olhou por um tempo, e depois se sentou no sofá, sem falar nada, e com isso eu deduzi que iriamos começar uma conversa sobre aceitação. kkkk

Eu: Como pôde pensar que eu colocaria a boca no trombone?

Mascote: Você conta tudo pra manuelly - falou de olhos fechados, batendo o pé esquerdo no chão, nervoso

Eu: Mas isso não - falei, e ele me olhou - Só você tem esse direito!!! Eu nunca faria isso! - ele me olhou - Caralho, Gabriel

Mascote: Não me chama assim - pediu - Sabe que não gosto

Eu: Tá. Foi mal - pedi - Mas, porra, eu sou sua amiga. Pensei que você se sentiria a vontade pra me falar que gosta de home... - interrompeu

Mascote: EU JÁ DISSE QUE NÃO GOSTO, PORRA - se levantou rápido, e eu recuei assustada

    Não sei oq deu em mim, mas, fiquei muito assustada, depois daquela noite, no beco. Sei que o mascote é meu amigo, mas, ele me assustou. Nunca tinha visto ele daquele jeito!

Mascote: Você recuou? - perguntou sem entender - Tá com medo de mim? - continuei calada - Eu sou seu amigo, porra. Pq tá com medo de mim? - olhei pra ele, e meus olhos começaram a lacrimejar - Eu nunca faria nada de mal pra vc, ruivinha - me abraçou

Chorei

      Eu não sabia oq falar, só queria continuar abraçada, chorando no ombro dele. Esses dias eu fiquei muito ansiosa, e paranoica, com medo de perder minha amizade com o mascote. Ele e a manu, sempre ficaram do meu lado, independente de qualquer coisa... Sempre foram eles!!!

A DAMA, E O VAGABUNDO DONO DO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora