XXXIV

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P.O.V Stefan.

   Bebo no bar da minha sala, em silêncio, a luz baixa e o corpo quente por dentro devido as inúmeras doses de whisky, vodka e licor as quais fui tomando e pensando em memórias distantes e outras nem tanto. O álcool esquentando meu corpo que estava gelado por dentro de tanta angústia.

Flash Back on...

   - Tudo pronto Stefan, o negócio com os ingleses está fechado...

    - Um problema a menos! - Ergo as mãos com um quase sorriso de alívio.

    - Problema esse que não teríamos se você não chamasse o ingleses de insolentes e ousados...  -se Alexander sorri da obviedade.

    - Não teríamos o problema se ele não fosse exatamente o que eu disse que é. E não finja que também não odeia aquela sotaque pomposo, a falsa cordialidade e os rostos pálidos inexpressivos.

    - Se ele quer fingir que estamos numa conversa de lordes, tudo bem... De qualquer forma eu cuido disso.

    - Tudo bem... - Dou de ombros.

    - Como você viveria sem mim?

    - Em paz?- Arqueio a sobrancelha ameaçando rir. - Sem ninguém para dividir minhas bebidas, me impedir de matar incompetentes e abusados, sem ninguém interessado na minha irmã... Vida perfeita.

    - Achei que já tivéssemos passado dessa fase... - Ri. - Além do mais, você esta interessado na minha irmã mais tempo que posso contar. - Acusa.

   - Exato, meu interesse é genuíno... Você pode estar fazendo o mesmo para se vingar e ficarmos quites.

   - Oh... - Protesta. - Meu casamento não é uma vingança... Porém... É bom olhar na sua cara e dizer que durmo com sua irmã todos os dias.

   Faço uma cara de pavor.

   - Poucas imagens e palavras conseguem perturbar a minha mente e você acabou de fazer o combo.

    - Eu disse... Como você viveria sem mim? - Abre um sorriso largo e branco, jogando um beijo no ar antes de sair. 

Flash Back off.

    Um sorriso vivido, é a memória mais forte que tenho dele agora. No momento o qual talvez e provavelmente, o seu corpo esteja destruído em mil pedaços em um lugar onde jamais o acharemos, sequer podendo o dar um enterro digno.

    Talvez agora seja o fim do que tanto sonhamos e planejarmos desde a infância, ter nossos cargos e liderar, fazer história. Talvez ele tenha morrido no começo de tudo isso, antes de ver grandes mudanças, antes de conhecer seu filho, antes de brindarmos nossos anos de capô e Subchefe ao passarmos para nossos herdeiros, antes de recebermos os últimos olhares e palavras de orgulho de nossos pais antes de partirem.

   Talvez!

   - Stefan... - Meu nome é dito baixo e docemente pela única voz nesse mundo capaz de sobrepor meus pensamentos neste momento. - Já esta tarde... - Ela aperta seus próprios braços devido ao frio, os pés descalços no chão, o cabelo solto, e rosto sem maquiagem um pouco rosado entregando que ela chorou um tempo atrás, alguns minutos.

    - Não estou com sono. - Encaro o celular sobre a mesa do bar. - E eu tenho que estar acordado, caso ele ligue.

    - Se ele ligar você vai acordar... Mas não vai poder ajuda-lo se estiver desmaiado de sono... E de bêbado. - Afasta a garrafa, apresentando um ótimo argumento.

DARK-Obsession. - RETIRADA 31/10Onde histórias criam vida. Descubra agora