Estrela ganhou um namorado.
Astro.
Ele não corre muito, mas é um pouco mais pesado, gordo. Talvez aguente mais carregamento do que a égua.
Harry o levou pra conhecer a cidade. O equino não gostou muito de ver as pessoas. Era um cavalo esperto, Harry também não gostava.
[...]
No dia da colheita, o cacheado foi trabalhar em um sítio saindo da cidade, precisava de uma grana extra pra comprar terra. O depósito mantinha tantos agrotóxicos e sementes que Harry se sentiu no direito de pegar um ou dois pacotes.
Astro e ele saíram pela primeira vez em uma de suas caçadas. Durou não mais que oito horas até achar algumas pequenas fazendas dando bobeira. Ele fez um grande X no mapa e voltou para Folks.
Harper parecia feliz.
E se Harper estava feliz, Harry ganhava mais.
E se os homens de Harper não fossem tão intimidantes, talvez Harry pudesse se juntar à eles na hora de tomar as terras, mas não... Esse era um crime que ele não gostaria de segurar nos ombros.
Já bastava Louis em seu encalço como uma águia. Graças aos deuses que ele estava até o pescoço de segredos que Harry convenientemente descobriu após uma procura hostil naquela miserável delegacia.
Quando o anoitecer se revelava, Louis tinha a costumeira rotina de sair e dirigir sua picape até uma cidade vizinha.
Harry viu as cartas no armário do banheiro do posto de segurança e descobriu o secreto caso que Louis mantinha com uma herdeira ricassa de trinta e poucos anos.
Em algumas das cartas, a incoerente Elisa só era excessivamente dramática sobre a negligência do amante em posição ao relacionamento deles.
"Que relacionamento?" Harry sussurrou pra si mesmo naquele dia, folheando mais algumas páginas.
No entanto, foi pego de surpresa por um papel amassado escondido lá no fundo. Ele leu em voz alta. "Talvez devêssemos nos casar."
Nesse mesmo dia, Harry o seguiu pelos milharais. Sua sorte era que Louis corria como uma lesma.
Elisa morava em uma mansão requintada estilo anos quarenta, parecia um castelo, e sinceramente, aquilo não combinava com Louis.
Quando o rapaz retornou, por volta das três e meia da manhã, assistiu Harry acender um cigarro sentado no banco em frente à sua delegacia.
Ele possuía aquela mania involuntária de parecer um babaca com covinhas e jaqueta de couro.
"Passeio agradável, xerife?"
Louis respirou bem fundo, batendo a droga da porta da picape. Ele viu a fresta da janela meio aberta, e sua raiva foi se estendendo até que ele estivesse completamente em chamas. A pele fervendo debaixo da camisa social e as veias quase saltando fora de seu pescoço.
Ele olhou a estrada por onde veio e as ruas, e tudo parecia tão escuro. A pequena cidade sendo iluminada pelo sorriso presunçoso de Harry Styles.
Num ímpeto, agarrou as mechas cacheadas em seus dedos e puxou aquele corpo insolente para cima. Harry ainda sorria, mesmo que por dentro sentisse que talvez o xerife fosse capaz de atirar em si ali mesmo.
"Eu já mandei você sair da porra do meu caminho." Disse entredentes, o maxilar travado e os azuis dos olhos sumindo e voltando.
Harry tentou aproximar seus rostos, mas Louis puxou seu cabelo de volta para a parede, o estabilizando ali, à sua mercê.
A mão direita pousou na ponta do maxilar dourado, e Louis tremeu, tentando o afastar.
"Que bela visão, Tomlinson."
Ele cedeu por um segundo e o toque se afrouxou, aquilo foi o suficiente para que Harry pudesse chutar sua perna.
Louis tropicou para trás, e seu ódio se excedeu. Se aquilo era a porra do jogo, então que se foda tudo.
Ele suspirou, se acalmando e apontando seu dedo para o peito coberto do cacheado. "Cuidado com os inimigos que faz, Harry Styles."
Mas isso não o abalou.
Ele se aproximou ainda mais - do tipo que é possível sentir a respiração bater em seu nariz - e sussurrou: "Quando ficar bem rico, venha até mim, xerife."
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breakfast at folks | hiatus.
Fiksi PenggemarEm uma cidadezinha no interior de Goldland, as manhãs cheiravam a trapaça e tudo que se ouvia eram os galopes costumeiros e o relinchar dos equinos. Harry Styles trotava com sua égua de cidade a cidade procurando algumas presas indefesas, mas não e...