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Graças a maldita conversa que tive com o Breno, perdi o meu sono e até o meu cansaço passou.
-Ele está tentando me manipular de novo, mais eu não vou cair nesse jogo dele!
-Pare de andar de um lado para o outro, vai acabar fazendo um buraco no piso. -Lilith esbravejou. -Como pode ter tanta certeza, que o seu pai tá se dando a esse trabalho?
-Não é óbvio? Ele quer me provar que esses humanos ainda tem salvação, e colocou aquela criatura no meu caminho.
Olhei para as garrafas de whisky no chão, já havíamos secado três e a quarta já está na metade.
Como se não bastasse mandar os meus irmãos até aqui, agora está usando os mortais que ele criou para me manipular, eu sabia que aquela paz que senti não era normal, foi apenas obra do meu pai.
-E como te conheço a bastante tempo,e presumo que você vai fazer algo a respeito. -Ela tomou em um só gole o whisky que havia em seu copo.
-Mais e claro que irei...-Mostrei um sorriso diabólico.
-Vai me contar o seu belíssimo plano? -Perguntou com sarcasmo.
Parei em sua frente e baixei meu rosto na altura do seu.
-Irei mostrar a ele que até as pessoas que são criadas por seus devotos são mais pecadores do que todo o resto. -Ela pendeu sua cabeça para o lado com um sorriso. -Eu sei o que está pensando...
-Ah, sabe?
-Uhum...Inícios dos tempos, um certo anjo que foi expulso do céu,encontrou uma certa mulher que foi expulsa do paraíso...-Paro de falar e espero para ver se ela continuará.
Lilith continuou a minha fala:
-Ambos estavam com raiva da injustiça que tinha acontecido com eles...Então incentivaram a segunda mulher de Adão a provar o fruto proibido...
-Depois você diz que eu sou diabólico. -Voltei a minha postura ereta.
-O que pretende fazer exatamente?
-Irei conhecer ela primeiro pois sei que nenhum humano é perfeito, tenho certeza que se apertar um pouco descobrimos algum desejo sombrio que habita naquela mortal...
-Quando pretende começar isso?
-Hoje mesmo, ela costuma ir todas as manhãs na igreja para abri-lá, oportunidade perfeita não acha?
-Espero que saiba o que está fazendo, você lembra muito bem o que aquela aventura no jardim te trouxe...-Ela disse cabisbaixa.
A euforia que sentia antes passou, não costumo lembrar dos tempos mais desastrosos de minha vida, eles me fazem sentir mais raiva do meu pai, de tudo que ele me fez.
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