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Ela ainda dorme.
Dorme um sono profundo e doloroso,um sono que ela não sabe se tem coragem de acordar.
Pedi para Lilith ajudar ela a trocar de roupa, não queria violar o seu corpo e tenho certeza que ela não gostaria se que outra pessoa a visse sem roupa, ou seja um homem.
Agora estamos em sua casa, seu quarto.
Ela está deitada, dormindo, seu sono conturbado.
Eu sei como é ficar com a mente conturbada, pois desde que fui jogado no inferno minha mente não teve um segundo só de descanso.
Sempre encarregado de condenar as almas dos condenados.
Peguei a coberta que estava em cima da sua cama e a cobri, ela se mexeu um pouco e puxou a coberta cobrindo todo o seu corpo deixando apenas seu rosto amostra.
Posso senti sua dor.
Queria deixar ela em um lugar que não sentisse dor, ou tristeza e até mesmo o sofrimento. Mas não posso levar ela até o céu.
–Espero que um dia me conte o que tanto te atormenta,Lírio.–Sussurrei ao me afastar de sua cama.
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Não dormi, não consegui pregar os olhos desde que cheguei,me senti no meu antigo lar. O inferno.
Passei a noite no escritório, olhando para a vista através das grandes paredes de vidro.
O sol nasceu, mas o dia não está vivo como de costume, pelo menos não pra mim.
Minha mente está uma bagunça, acho que estou com medo, temo pela Lilith e sua imortalidade que ela tanto gosta, temo pela Liliana, porque apenas com um piscar de olhos meu pai pode fazer com que ela me esqueça e volte a ser o diabo de antes. E eu não suportaria perde-lá, ela é a única pessoa que me faz sentir a sensação de está em casa, na cidade de luz.
–Estou vendo que você não dormiu a noite toda.
A voz melancólica de Lilith veio da direção da porta.
