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Essas vozes...Elas não param de gritar e sussurrar em meu ouvido, a cada minutos que passa elas ficam mais agonizantes. Não consigo pregar meus olhos, aquelas coisas ficam me olhando as espreitas no escuro do quarto, e em meus sonhos.
Elas deixam meu corpo exausto e dolorido, sem ao menos me tocar.
Rezei, implorei a Deus para que essas coisas fossem embora, mas está sendo em vão, elas não saem daqui, estão acabando comigo.
Parece que estão presas a mim...
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É estranho ver todas essas pessoas saindo da igreja, suas feições parecem aliviadas e em paz, bem diferente de mim nesse momento.
–Você está bem? –Um par de olhos claros me encarava, preocupados.
Sorri ao ver que era Breno.
O mesmo retribuiu o gesto e me abraçou. Uma das coisas incríveis em minha vida é que: Breno e eu podemos ficar muito tempo sem nos ver, mas o carinho que sentimos um pelo o outro não muda.
–Claro que estou bem, ainda mais depois de te ver. –Senti o mesmo depositando um beijo no topo da minha cabeça e soltar o abraço.
–Certeza? Você parecia está perdida no seu mundo particular. –Afirmei em um aceno único com a cabeça.
Breno passou seu braço por cima de meus ombros e começamos caminhar até a grande escadaria.
–Porque a Lauren não veio com você hoje? Vocês sempre vêem juntos aos fins de semana.
–Vim falar com o padre sobre ela, mas ele está ocupado no confessionário, então tenho que esperar.
–Sem querer ser invasiva, mas o que ela tem?
Paramos na metade da escadaria e sentamos nos degraus mais largos.
–Está estranha, a três noites ela não dorme direito, mal está comendo, grita com medo de coisas que não existem, vagando pelos cômodos da casa, se recusa vim até a igreja em busca da presença de Deus. –Breno dizia, seu tom de voz está bastante cansado.
