[EM REVISÃO ]
Obsessão. Uma palavra intensa e assustadora, assim como os olhos negros assassinos que sempre perfuram a face dela. Por mais que tenham sido criados em uma família que tenta ao máximo parecer normal, as consequências de serem herdeiros...
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Santa Barbara, EUA 10 de abril de 2021
♟️Jungkook ♟️
O dia terrível de ontem ainda me assombra, tudo parece dar errado quando se trata de nós dois. Meu corpo queima por aquela mulher, sou fascinado, obcecado por ela, por isso não irei aceitar que alguém tenha a machucado daquela forma. Era nítido o quanto todas aquelas marcas doem, estava tão coagida em minha frente que nem parecia a minha diabinha.
Percebi que isso tudo não passa de uma camada para mostrar a si mesmo que é forte, e não se permite perder, não se permite ser fraca e muito menos desencasar para que fique bem.
Não irei desistir, ainda mais agora, que sei o quanto ele precisa de mim. Se tivesse poder iria construir um mundo que somente eu e ela pudêssemos viver, para garantir que ninguém se quer pense em ousar machuca-lá outra vez.
Estou decido em procura-la naquela casa e ver com meus próprios olhos se ela está bem, já que me deixou na praia ontem à noite. Mas desisto quando abro a porta do escritório e vejo ela me encarando como uma loba pronta para me atacar.
- O que esse quadro está fazendo aqui? - ela aponta para a sua foto pendurada na parede atrás da mesa do escritório.
Havia esquecido que Omma iria trazer aquele quadro que estava no nosso antigo escritório.
- Estava lá em casa, e Omma trouxe para cá. - respondo, querendo rir da sua cara de brava.
- E porque diabos ela não colocou na casa dela então? - ela esfrega o rosto irritada. - Como vou trabalhar comigo mesma me olhando? - olha para o quadro novamente fazendo careta.
- Terá que se acostumar então, pois esse quadro irá ficar exatamente no lugar em que está. - sorrio provocativo.
- Você sabe que eu odeio essa foto! - me olha emburrada. - E não é só você que manda nessa casa, portanto se eu mandar tirar ele daqui, você irá aceitar! - ela dita, convicta de que irei obedecer.
- Experimente mover um centímetro desse quadro. - ameaço, vendo ela cerrar os olhos em minha direção.
Não adianta, não conseguimos parar com essas malditas provocações. É tão prazeroso para nós, que não importa mais o que somos ou não, isso sempre será o nosso jogo favorito.
- Vai fazer o que? - me desafia. - Me matar? Me torturar? Me estrangular? Igual fez... - a interrompo.
- Vou lhe dar uma surra de palmadas nessa sua bunda gostosa, que irá gostar mais do que queria.
