[EM REVISÃO ]
Obsessão. Uma palavra intensa e assustadora, assim como os olhos negros assassinos que sempre perfuram a face dela. Por mais que tenham sido criados em uma família que tenta ao máximo parecer normal, as consequências de serem herdeiros...
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Caribe, 26 de maio de 2021
Era quase final de tarde quando finalmente chegamos na mansão do Mexicano. Eu ainda nem processei o que havia acontecido, meus pensamentos estão desorganizados, estou tão confuso que chega ser irritante.
Não aceito que tenha sido tão burro e idiota assim. Eu vou estrangular o Micael, não estou nem brincando.
- A cada dia que passa a incompetência de vocês aumenta! - a voz de Angel ressoa pela mansão, está furiosa com Mexicano.
Ela é a chefe. Ela é a porra da chefe aqui no Caribe, todos os capangas a obedecem! Assim como fazem comigo! Pois nós dois somos os donos! Nós dois!
- Mi amor, cálmate. ( Meu amor, se acalme.)- ele pede a ela.
- Não me peça para ficar calma! Eu avisei você que Fernandez estava na nossa cola, e você ignorou! - o repreende, enquanto abre o zíper do seu macacão em meio a sala, ela tira a parte de cima, deixando ele caído até sua cintura.
Aquela maldita regata branca grudada em seu corpo me deixa inquieto. Tenho a visão dos seus braços tatuados, os cabelos loiros estão amarrados em rabo de cavalo.
A desgraçada está ainda mais bonita.
Micael abre a porta principal da mansão e entra igual um furacão. Ele para bruscamente quando seus olhos se chocam com os meus, estou de braços cruzados, escorado na parede da sala, esperando uma explicação coerente sobre tudo isso.
- O que está fazendo aqui? - ele pergunta a mim.
- Esperando você começar a se explicar. - respondo seco, me segurando para não voar nele.
- Pai, não se preocupe irei conversar com ele. -Angel toma a frente. - Me acompanhe até o escritório.
A sigo. Ela entra no escritório e se senta na cadeira atrás da grande mesa. A vejo pegar rapidamente um cigarro e ascende-ló, seu rosto parece suavizar quando traga o cigarro pela primeira vez.
Até isso? Até isso ela faz agora?
- Eu matei uma pessoa importante para a máfia mexicana. - ela começa. - E por isso, esse tipo de ataque se tornou frequente, eles não querem a Cypher, querem a minha cabeça. - explica, enquanto traga mais uma vez aquele cigarro.
- Do começo, por favor! - peço. - Você foi sequestrada na minha frente e quando finalmente a encontro, está dessa forma? Em uma mansão, comandando a porra de uma máfia? - questiono. - Você tem ideia do quanto procuramos por você? - estou uma fera.
