Tankhun - Pequenas Histórias #KhunTemBig

11 - Wuhan Theerapanyakul diz: "Estamos de luto"

                         É a primeira vez em quase doze anos que a imprensa comum vê Wuhan Buddy Theerapanyakul. A curiosidade agora não é mais  pelo falecimento de Tankhun Theerapanyakul. Todos querem entender como o garotinho gordinho e assustado, Buddy Theerapanyakul se transformou nessa elegante figura.

                         Wuhan olha indiferente.  Acostumado apenas aos meios de imprensa financeiro,  o bonito, elegante e  jovem financista, está ao lado dos irmãos Vegas e Macau, servindo como  o porta-voz da família e começa sua declaração.

                         — Bom dia. Sou Wuhan Theerapanyakul, porta-voz da família e nesse momento não há muito a dizer além de declarar que estamos de luto.

                         — Tudo o mais que vocês quiserem saber deve ser encaminhado ao e-mail principal da família. Nosso Tankhun merece respeito e merece descansar em paz. Seguiremos os ritos funerais ao nosso modo e por decisão de meu primo Kinn e meu irmão Vegas, o acesso à imprensa será negado.  

                        Ele parou de falar quando o burburinho começou e esperou que todos se calassem para continuar:

                         — ... Portanto, se as dúvidas não são sobre esse tema, os e-mails não serão respondidos. Assim como não serão os sobre biografia. Tudo o que o público precisa saber está publicado no comunicado oficial nas páginas oficiais das empresas da família. Contamos com o respeito de todos e agradecemos todo o carinho recebido pelas milhares de pessoas que se comunicaram por nossas redes. Tão logo tenhamos novas informações comunicaremos também por nossas redes.

                         — Muito obrigado.

                          Os três fizeram uma reverência e se afastaram sem responder as outras perguntas. A dor era a mesma nos três rostos. Mas todos sabem que Khun fazia parte da tríade empresarial mais famosa do continente e por isso Vegas estava com os olhos frios e os lábios apertados. 

                         Ele, Jom e Khun viviam para as suas famílias e eram os três sempre juntos, mesmo que Jom viva em outro continente há três anos. Para o primo, a morte de Khun era duplamente difícil de aceitar. Ele sempre via o outro como seu suporte e é por isso que não foi ele a declarar oficialmente a abertura das despedidas fúnebres. 

                         Tudo o que se sabe até agora é que o avião que partiu rumo ao leste asiático foi derrubado por terroristas árabes. 

                         Tanto as comunidades árabes como as asiáticas na Europa sofrem a perda de seus familiares. Mas choque mesmo sofreram os que estão diretamente envolvidos. E na Tailândia a segunda família mais importante abaixo do rei, está informando que mais uma vez perde alguém para a fúria assassina de gente impura. O magnata Tankhun Theerapanyakul, herdeiro direto do empresário Khorn, também assassinado em um vôo anos antes, tinha embarcado de volta à Tailândia um dia depois de chegar à Europa. A família não informou aos jornais o que levou o empresário ao continente europeu.

                        As notícias dão conta dos principais fatos sobre a vida do empresário e pouco se sabe sobre ligações amorosas, já que o  homem sempre foi visto tanto pelos meios de comunicação comum, quanto os empresariais como um workaholic, elogiado pelos irmãos, os artistas Kinn e Kim, que trancaram suas redes em respeito ao irmão. .

                       Na residência de Khun a família chora junto com os amigos. Ele que odiava viagens longas parecia saber que as coisas terminariam assim. Kim sofria por não ter forçado ele ficar.  Porsche se martirizava por ter contado sobre o paradeiro de Tem e Big, "era melhor viver solitário que estar morto", pensava agora. Kinn se sentia culpado por ser tão ausente e focado na carreira. Vegas era outro que chorava por incentivar a viagem e Pete também se culpava por incentivar o amigo a continuar amando Tem e Big.