Quem me Salvaria [CONCLUÍDO]

Capítulo Dois

Rússia, São Petersburgo.

12h30am, 25 de Julho

Eu acordei no dia seguinte ás meio dia e meia, o que é tarde o bastante para se pensar em ir à cidade ou pensar em estar lendo um livro para ajudar Rozane com seus artigos de seu blog vampiresco.

Costumo sempre acordar bem cedo, mas pelas regras da faculdade Corte Real, nome esquisito para uma instituição, né? Eu também acho! Na faculdade onde curso em Moscou, teríamos que estar de pé as oito em ponto da manhã para entramos na sala de aula ás nove horas. Talvez seja uma escola bem rígida, assim que vamos à aula os seguranças fecham os dormitórios para não correrem o risco de matarmos aula, o que já tenho prática, já que fugi da escola e meus pais nem sabem, só minha irmã Merlia Hemingway, por ela ser enfermeira da faculdade. Ela não costuma passar todas as suas férias junto conosco já que tem Thomas, meu sobrinho de cinco anos, quer ir para tudo que é lugar.

Era tarde, e na noite anterior eu fiquei acordada só pensando se eu deveria ir ou não para a cidade com Tyler, e bem... Eu ia, mas ele estaria aqui bem cedinho e... Três batidas fortes na porta cortaram o meu pensamento. Odeio isso, pedi que parassem de bater e entrassem logo

- Aaaa, por favor! - tapei os ouvidos com as cobertas - Não é preciso arrebentar a porta.

- Bom dia! - minha mãe abre a porta com um sorriso enorme. Ela está segurando um cesto de roupas cheio em suas mãos - Acorde Hassel, você não vai com Tyler a cidade?

- Eu sei lá... Ele já deve ter ido. Olha a hora que eu acordei! - sentei na cama - Por que não mandou Stewart me acordar?

- Você disse ontem que não iria com ele! - ela riu - É impossível entende-la Hall.

- É impossível entender vocês. Quando quero dormir mais que o necessário vocês me acordam e quando devem me acordar não acordam - revirei os olhos enquanto amarrava meu cabelo.

- Ninguém deve nada a você Hassel - ela ficou séria por um minuto enquanto procurava por roupa suja. - Bom você não deve ter roupa alguma para lavar, não é?

- Acho que não - disse enquanto digito no celular e verifico minhas redes sociais - chegamos aqui não faz nem uma semana direito.

- Por quê? Você ficou usando as mesmas roupas uma semana inteira? - ela perguntou

- Depois eu procuro... Vou me arrumar, quem sabe consigo acha-lo no meio do caminho ou na cidade. - me levantei da cama e caminhei até a porta do banheiro.

- Você não espera que essa cama seja arrumada sozinha, não é? - ela fez uma careta, parecia brava ou indignada - Eu faço tudo aqui, até quando estamos de férias!

- Eu vou arrumar quando acabar de tomar banho! - revirei os olhos e abri a porta para entrar.

- Espero que arrume mesmo. Aproveite e arrume esse quarto antes de sair viu. E se tiver roupa suja leve na lavanderia, mas isso é agora enquanto estou lavando, se não você quem vai lavar!

- Ok mãe, depois eu levo! - eu não estava aguentando mais ouvir seus sermões.

- Espero que leve mesmo - ela abriu a porta e saiu.

Posso dizer que ela parece ser uma mãe insuportável, mas ela tem seus defeitos e não tem ao mesmo tempo.

Keira Hemingway tem 40 anos, tem os olhos azuis, cabelo caracolado da cor meio loura e meio acastanhado, e também é branquinha.

Sou idêntica a minha mãe, olhos, tom de pele, cabelos. Meu irmão é mais parecido com meu pai, olhos castanhos e cabelos castanhos.