Capítulo Dezenove

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Eu talvez não estivesse preparada para vê-los ir, talvez nenhum de nós estivéssemos prontos para nada disso

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Eu talvez não estivesse preparada para vê-los ir, talvez nenhum de nós estivéssemos prontos para nada disso.


Os pais dos irmãos Stankkes estavam juntos fazendo um grande esforço para dizer suas palavras para Devon. Nenhum dos dois conseguiam parar de chorar. Em muitos momentos do enterro a mãe de Drake parecia que ia desabar ali mesmo, se ajoelhava no chão e não conseguia mais parar, o mesmo acontecia com todos eles, e comigo. Lágrimas continuas que pareciam não ter fim, nossos olhos estavam inchados de tanto choro, e parecia que quando iam parar, continuavam. A única diferença entre mim e eles, era que eles estavam sentido a dor de perder apenas uma pessoa, e eu sentia a dor de perder duas. Dois grandes amigos. Na verdade essa é a diferença entre mim e todos aqui.


- Devon desde pequeno foi criado com muito amor... - ela dava pequenas pausas para chorar mais, então o pai de Lili prosseguia.


- Ele era um menino de ouro, esse sim podia usar essa semelhança. Alguém que sempre ajudou quem pudesse ajudar, e hoje ele usou a sua vida para ajudar, não só uma amiga de longa distância como... - ele limpava as lágrimas - Como um amor de anos. Ele achou certo fazer isso, não o culpamos, mas sentiremos eternas, literalmente eternas saudades.


Os pais dos Stankke beijaram uma rosa e a jogaram no chão de terra. O próximo foi Drake, logo Sebastian e por último Liliana que não conseguia ficar de pé, e muito menos falar.


- O Devon... - ela chorava - O Devon...


Era doloroso até para a gente que via a dor que ela estava sentindo por perde-lo.


- Devon... - ela se ajoelhou e chorou continuamente. Sebastian abaixou a cabeça e também chorou, e a família inteira. - Minha avó, Vallery não suportaria essa dor. Devon, ela é a nossa avó, e ela não suportaria essa dor. Vallery não pode estar presente ou... Imagine o que aconteceria. Eu vou sentir saudades de você, e... - ela chorava - Eu não consigo mais... Desculpem - ela se levantou e correndo foi abraçar Drake e sua família, que estava toda reunida.


Eu era a próxima, mas não fui, queria ser a última. Tommy foi o próximo, mas para se despedir de Roza.


- Minha irmã... O que você está fazendo ai, hein? Era para você estar aqui comigo. E de vacilo em vacilo eu de repente consegui perder a sua admiração... - ele chorava. Chorava como a família. - Eu deveria estar com você a todo tempo e não... Não estive por culpa de uma droga de trabalho que acabou com a minha vida. Não podíamos sair por que eu tinha que trabalhar, e tudo envolvia trabalhar. E hoje sabe... - ele não conseguia conter as lágrimas. A dor dele não era preenchida, mas ele conseguia ameniza-la gritando. Eram gritos de dor, que deixávamos mais tristes nos fazendo chorar mais, por tudo - ROZA ME PERDOE... - ele olhou para o céu - Eu fui um canalha com você... POR QUE ESSA DOR NÃO PASSA? - ele apertou seu peito, como se apertasse o coração. - ELA TOMA CONTA DE MIM A CADA PALAVRA. POR QUE SOMENTE HOJE EU TIVE QUE PERCEBER QUE VOCÊ SEMPRE PRECISOU DE MIM? O QUE É O TRABALHO PERTO DE PERDER A ÚNICA PESSOA QUE LHE RESTA? - ele parou de gritar e sussurrou - O que é?

Quem me Salvaria [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora