Quem me Salvaria [CONCLUÍDO]

Capítulo Onze

- Precisamos apenas manter a calma, ela está com Tyler - Merlia repetia - Então ela está bem!

- Não peça calma Merlia! Não sabemos onde ela está se estivesse com Tyler ligaria ou algo do tipo... - minha mãe disse - Ela não é como você.

Merlia franziu a testa - Como eu?

- Sai em uma noite e volta daqui a uma ou duas semanas!

- Isso aconteceu antes de Thomas mãe, não faço isso a muito tempo - Merlia revira os olhos.

- E Thomas aconteceu por isso, pelo menos uma coisa boa! - Keira, minha mãe, balançou a cabeça - Você não faz mais isso Merlia pelo fato de ter criado alguma mentalidade nessa sua cabeça. Você têm 24 anos!

- Quer saber... Estou tentando acalma-la, ajuda-la, mas pelo visto você não quer minha ajuda. Vocês apenas apontam os meus erros passados. Vamos fazer assim mãe, fique com a sua teoria... - Merlia subia as escadas - E eu estou indo embora!

Keira engoliu em seco. Meu pai questionou Merlia, mas ela estava determinada a sair.

- Minha filha, olhe a sua volta. Preste a atenção no que está acontecendo! - ele disse preocupado. - Como pode nos deixar com essa situação, sua irmã simplesmente desapareceu!

- Ficar para que? Para apontarem mais os meus erros, como sempre fazem? - ela revirou os olhos e voltou a subir - Achei que essa minha visita a vocês mudaria algo. Achei que poderíamos ser como antes, sem críticas, mas pensando bem...

- Você pode subir pegar as suas malas e sair dessa casa ou você pode encarar tudo isso de frente e nos ajudando a achar o melhor jeito de encontrar a sua irmã. Isso não se trata de nós, isso se trata do desaparecimento de uma familiar sua, com quem você conviveu a sua vida inteira, Merlia.

Merlia apertou os seus olhos contendo suas lágrimas, suspirou e continuou a subir as escadas. Olhando nos olhos de meus pais era nítido a decepção. Merlia ter prosseguido os degraus não significa que ela não ficaria, mas também não que ficará. Enquanto ela subia as escadas, Thomas a parou.

- Mamãe, já estamos indo embora?

Merlia olhou para meus pais que abaixaram a cabeça, e não disseram nenhuma palavra.

- Não, querido. - ela acariciou os cabelos de Thomas, e voltou seu olhar a ele. - Não vamos embora, ainda. Mas, preciso que suba comigo... Não podemos ficar aqui para sempre, não é?

Ela sorriu para ele. Thomas por alguns segundos pareceu que fosse retribuir o sorriso, mas jogou mais uma pergunta.

- Porque não, mamãe?

Merlia não queria citar seus motivos de ser sempre julgada para uma criança que ainda não entenderia. - Seu pai, filho. Ele também precisa de nós.