Capítulo Doze

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Após a conversa tomar seu fim, todos eles voltaram a levar a comida até a boca e tomar goles de suco, então agora seria a minha vez de falar. Eu poderia perguntar ou simplesmente tomar outro rumo para mais uma conversa, ou uma briga.


- Vocês são como os Junders? - perguntei.


Eu necessitava fazer a pergunta, a agonia que se passava por mim fazia com que minha barriga embrulhasse cada vez mais e mais. Todos pararam de comer e me observaram de boquiaberta, alguns com a testa franzida, e outros surpresos.


- Como? - Karl franziu a testa.


- Vocês são como os Junders? - repeti


- Como ousa entrar na minha casa e dizer que somos iguais a eles? - Karl disse nervoso.


- Ah... - esperei para retrucar, mas ele estava certo. Eu estou na casa dele, não posso resmungar.


- Karl para que tudo isso? Ela só fez uma pergunta! - Liliana sorri pra mim sem mostrar os dentes. - Desculpe por isso! Ele perde o controle quase sempre.


- O que? - ele resmungou - Você deixa ela te insultar dessa forma?


- Filho, foi apenas uma simples pergunta! - Eilaina repetiu como Liliana.


Karl extremamente irritado levantou de sua cadeira afastando a mesa por descuido, estudou todos e redimensionou suas palavras a mim.


- Se você... - Drogo o interrompeu


- Vá para o seu quarto agora! - ele ordenou - E só saia quando aprender a tratar os convidados direito!


- Grande parte dos que vêem aqui falam a mesma coisa! - Karl velozmente passou para o meu lado da mesa.


- Sai de perto dela! - Sebastian disse


- Vocês sempre defendem esses humanos ridículos. - ele me observou. A pupila de seus olhos cresceram e Karl mostrou suas presas - Só que eu não vou deixar essa passar.


- Você já foi um humano! - Liliana gritou assustada.


Sebastian assim que viu a reação de Karl com suas presas, empurrou rapidamente o fazendo bater contra a parede.


- N-ã-o toque nela, ouviu? - Sebastian mostrou suas presas para Karl.


- O que vai fazer? Vai beber do meu sangue? - ele riu - Saiba que nada vai acontecer!


- Devon confiou em nós para cuidarmos de Hassel, e é assim que você a protege? - Liliana disse com sua voz suave, mas trêmula.


- Eu não gosto de Devon! - Karl sorriu.


Ele empurrou Sebastian velozmente o fazendo cair em cima de todos os seus familiares e voou em cima do meu pescoço, enfiando suas presas.


Eu havia esquecido como era horrível ter aquela sensação novamente, mas tive a "honra" de senti-la mais uma vez. Só que a sensação da mordida de Karl não era como as outras. Podia sentir dor, mas não aquela dor comparada a dos outros vampiros, só não entendia por que. Não demorou muito e eu desmaiei, acordando em um lugar totalmente diferente que a cozinha e a sala da casa dos Stankkes.


Um quarto com paredes pintadas de lilás, duas prateleiras de livros, uma mesa com um computador, tapetes, coisas normais de todos os quartos. Eu estava deitada em uma cama bem grande de casal, com Liliana sentada ao meu lado. Tinha um pano molhado na minha testa, eu ainda estava desacordada, vendo tudo embasado, mas conseguia ver Sebastian entrando e dizendo a Liliana que ficaria comigo, então ela saiu e ele tomou o seu lugar ao meu lado.

Quem me Salvaria [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora