Point Of view Bryan Mateus
Foco no papel de pesar a cocaína para distribuir embora esse não fosse meu e sim de Koringa, tentava distrair minha cabeça. Mel estava estranha a alguns dias e eu não conseguia pensar em nada que a estivesse incomodando. Dei até mesmo um colar com uma borboleta toda de brilhantes e nem isso a animou, diferente das outras ela não se importou com todos os brilhos e o preço exorbitante da peça, mas claro que também não tirou do pescoço e devo admitir que aquela mulher nasceu para ser encoberta de jóias e embora ela não se importasse eu estava dando algumas a ela. Adorava ver o quão bonita ela ficava.
Pensava no assunto de Christian assumir o poder quando mais velho, claro que o certo seria um filho do meu sangue ter esse cargo mas já se passaram meses e nenhum sinal de Melissa estava grávida, me deixando a dúvida se tinha algo de errado com meus soldados e o porquê eles não estavam atingindo as metas. Em todas as oportunidades eu estava dentro dela, era só ele dar algum sinal de vida e ele era guardado dentro da casinha dela.
Será que eu não poderia ter filho ? A pergunta estava até mesmo me atrapalhando a dormir, sabia que o problema não estava nela já que ela tinha Chris e a marca da cesária não deixa mentir.
Bufei e levei as mãos ao rosto tentando voltar minha mente para o serviço mas não adiantou e dessa vez a raiva me preenchia, abandonando o que estava fazendo pego um copo e me sirvo com gelo e whisky apreciando a bebida.
- EAI mano ! - Koringa entra na sala e vai direto pra gaveta que guardo alguns coisinhas pra nós.
Apenas mexo a cabeça e foco em encher o copo. Pegando um cigarro ele se joga no sofá e o cheiro da erva preenche o espaço, assim que acesso, pelo modo que ele se comporta tem algo o encomodando.
- Manda - esvazio o copo novamente e desistindo levo a garrafa a boca e monto uma carreira do pó para tentar relaxar, cheiro e me encosto no assento.
- A Vadia da Bruna tá dizendo que tá grávida e que o filho é seu... - levanto em um pulo não conseguindo acreditar, tem quase 6 meses que cortei os remédios de Melane e até hoje não teve efeito, a menstruação dela ainda desceu mês passado. Se até hoje ela não estava grávida significava que eu não poderia ter filhos e que aquela piranha estava mentindo e brincando com a coisa que eu mais queria. O barulho da garrafa se quebrando ao chocar com a parede faz com que a porta se abra de repente e a cabeça do menor aparece.
- Pelo modo ele já ficou sabendo - a cara dele não negava que já sabia o que a vadia andava dizendo por aí, por um lado eu realmente queria um filho mas sabia que não tinha chances de ser meu já que ela já passou na mão da favela toda e eu sempre usava camisinha, tento puxar na mente alguém além da minha mulher que eu não me previnir e nada vem.
- O filho não é meu - minha cabeça da mil voltas e a vontade de matar é grande. - Desgraçada filha da puta! - grito e me aproximo de Koringa pegando o cigarro da mão dele, puxando e prendendo a fumaça. Rio e eles me olham confusos. - Manda pro barraco da 9 !
Eu ia dar um trato na vadia por mentir para mim por uma coisa que eu daria a vida pra acontecer.
Point Of view Mel
E aqui abraçada ao vaso e com os hormônios a flor da pele pensava em tudo o que estava acontecendo, meu estômago revirava somente com o cheiro do novo perfume de BM.
Tentei evitar essa gravidez, fazia Paula comprar todo mês as pílulas e infelizmente mês passado ela acabou apanhando tanto de Koringa que não conseguiu comprar o remédio e vim aqui, o que me deixou uma semana sem o anticoncepcional. Bryan me achava com cara de boba mas percebi que nenhum homem ficava preocupado buscando e dando ela na minha boca, desconfiei no terceiro dia e assim que parei para reparar melhor no remédio percebi que algo estava errado.
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Atrás Das Grades
RomanceO sol começava a nascer no céu e com ele os pensamentos do que aconteceria. Como pode o amor ser assim ? Intenso ao ponto de fazermos qualquer coisa pela outra pessoa; o amor é sem limite e incondicional, principalmente o amor de mãe. Só pedia a Deu...