Destination Traits ― Natasha Romanoff

Capítulo 3

decidi que só vou postar os últimos 2 capítulos de stupid wife amanhã pois os mesmos são muito extensos e não vos quero cansar

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Natasha Romanoff Point Of View

Meu relógio despertou no mesmo horário de sempre e eu levantei preguiçosamente da cama.

Eu não tinha dormido bem.

Fiz minha higiene pessoal e sai do banheiro. Olhei pela janela e o sol surgia timidamente atrás das nuvens. Coloquei um shorts de corrida vermelhos e uma camisa leve branca, e, nos pés, escolhi um tênis também vermelho. E, para terminar, prendi meus cabelos em um coque mal feito.

Sai do quarto e escutei uma grande movimentação no andar de baixo. Desci as escadas pela direita vendo que o pequeno hall estava modificado. Tinha uma mesa de vidro no centro com um vaso de flor em cima e o espaço era preenchido por poltronas de madeira com estofado bege e algumas na cor vinho. Alguns funcionários davam os últimos ajustes.

— Bom dia a todos. — Falei suave, ainda na escada.

Todos me olharam e fizeram uma reverência silenciosa. Desci das escadas e passei pelos corredores, vendo os guardas usavam novos uniformes, na cor vermelha e calça preta, ao contrário de antes que era tudo azul escuro. Cumprimentei todos e segui meu caminho até a cozinha. Empurrei as grandes portas e olhei em volta, estava uma correria. O fogão estava a todo vapor, assim como os garçons que iam e vinham do salão de refeições.

— Nossa. — Falei baixo, parada na porta, observando tudo.

Um garçom veio em minha direção, ele fez uma rápida reverência.

— Bom dia princesa. A senhora Lee mandou lhe entregar isso. — Ele me entregou uma sacola de papel. — Mandou te informar também, que está temporariamente proibida de vir na cozinha real.

Ri sem humor e peguei a sacola.

— Agradeça ela por mim e diga que eu sou a princesa, e vou entrar na cozinha quando eu quiser. — Falei autoritária e sorri. — Obrigada por fazer seu serviço, tenha um ótimo dia.

Sai dali e caminhei um pouco irritada com as ordens de Lee pois ela tinha esse pensamento de que eu não podia ter amizade com pessoas inferiores à minha posse de princesa.

Cheguei à quadra e sentei nas arquibancadas, abri a sacola e vi que tinha minha garrafinha de água junto a uma pêra. Comi a fruta para tirar o jejum e joguei o resto no lixo que ficava debaixo das arquibancadas. Caminhei até a quadra e fiz meus alongamentos.

Naquela manhã corri mais voltas. Eu estava dando a última volta e meu celular apitou, avisando que eu tinha batido meu recorde de 15m57s para 14m12s. Dei um gritinho de felicidade e corri saltitante, me jogando na grama. Fiquei ali alguns minutos, olhando para celular e marcava 6:57am. Me levantei, tirei algumas raízes de grama que se prendeu ao meu cabelo e corri saltitante até o castelo.

— Princesa! — Escutei a voz grossa de Kaius perto do meu ouvido e não pude prender o grito.

Olhei para ele, assustada, e coloquei a mão sobre o coração. O homem sorriu.

Kaius era como um tio para mim, cuidou de mim desde que nasci e sempre foi meu guarda favorito.

— Kaius, que susto! — Falei.

Ele sorriu mais ainda, fazendo com que suas covinhas se formassem. O mesmo estava na casa dos 40 anos, mas era muito bonito.

— Desculpe-me, Natalie, não foi minha intenção. — Ele falou e ajeitou seu paletó. — O Rei deseja vê-la.