Capítulo 27

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Desconhecido Point Of View

Droga, droga, droga.

Tinha sido visto pela Princesa e isso não fazia parte dos meus planos.

Eu corria em direção à grande floresta, procurando o lugar ideal para me esconder dos guardas que logo estariam atrás de mim. Arrumei a mochila nas costas antes de escalar na árvore, mas o meu tênis e o tronco da árvore estavam molhados, dificultando minha subida.

— Qual é?! Que porra! — Esbravejei.

Finalmente firmei o meu pé na árvore e tomei fôlego para subir. Escolhi um galho grosso atrás do tronco e me sentei. Eu estava ofegante e a adrenalina corria ferozmente pelo meu corpo. Tirei o celular da mochila e disquei o último número que tinha me ligado.

Conseguiu? — A voz masculina do outro lado me fez revirar os olhos.

— Sim, mas os guardas estão atrás de mim. — Olhei para o castelo e vi aquele monte de pontos vermelhos no gramado.

Porra, como você deixou isso acontecer, seu incompetente?

— Cala a boca. — Rosnei entre dentes. — Eu consegui a foto e você não.

Me envia antes que peguem você.

Ignorei o medo de ser pego e tirei o notebook da mochila. Tirei o cartão de memória da câmara e o coloquei no computador, rapidamente baixando as fotos e enviando para o homem.

— Pronto. Para que você vai querer essas fotos? — Perguntei curioso.

Para uma pessoa, não que isso seja da sua conta. — Ele murmurou esnobe. — Recebido. Já depositei o dinheiro na sua conta. Estamos quites agora.

— Eu não te devo mais nada. — Fechei o notebook e guardei na bolsa, colocando o cartão de memória de volta na câmara. — Se eles me pegarem...

O problema é todo seu, eu nunca existi para você.

— Você é um filho da puta mesmo.

Eu te ensinei como entrar e como sair do castelo sem ser visto. Já fiz a minha parte. — O telefone foi desligado.

Bufei e bati a mão na testa diversas vezes. Um latido de cachorro me fez pular de susto e quase me desequilibrar. Olhei para trás e vi os guardas cada vez mais perto. Eles tinham três cães farejando o chão. Me xinguei por ter aceitado aquele serviço e escondi a minha mochila nos galhos acima, apagando as últimas ligações do meu celular. Assim que eu me preparei para descer da árvore na qual eu estava, aquele cão maldito me achou e começou a latir igual um demoníaco.

— Saí, peste. — Balancei o pé.

— Aqui! — Um dos guardas gritou. — O Spike achou o intruso.

— Intruso vai ser o meu pau no seu...

— Cala a boca! — O guarda me arrancou da árvore com facilidade.

Caí no chão, em cima da minha câmara, e isso fez meu sangue ferver.

— SABE QUANTO CUSTA ESSA BELEZINHA? — Gritei raivoso.

O cachorro voltou a latir no meu ouvido e a minha reação foi me encolher ao lado da árvore. Os outros guardas riram, mas logo se calaram quando um guarda mais velho se aproximou. As gotas da chuva escorriam pelo seu rosto e pingavam do seu queixo. As suas sobrancelhas se uniram e o seu nariz se enrugou. Achei que ele iria dar-me um soco, mas não...

— Levem-no para a sala do Rei.

— Sim, Primeiro Guarda. — O soldadinho de chumbo falou.

— Hey, velhinho. — O guarda me levantou sem nenhuma gentileza e prendeu as minhas mãos. — Hey... Primeiro Guarda. — Atraí a atenção do homem. — Foi um engano, eu não estava fazendo nada de errado.

Destination Traits ― Natasha RomanoffOnde histórias criam vida. Descubra agora