Destination Traits ― Natasha Romanoff

Capítulo 29

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Natasha Romanoff Point Of View

⸻ Duas semanas depois.

Corri para o hall de entrada do castelo e avistei Alexandre colocando a sua pequena mala no chão. Ele esperou os mordomos levarem o seu sobretudo para então me olhar.

— Pequena Natasha. — Ele sorriu, abrindo os braços.

Abracei carinhosamente o homem e me afastei para olhá-lo melhor. Ele estava mais velho; os cabelos brancos e as fortes marcas de expressões diziam isso, porém, não deixava aquele sorriso juvenil e a elegância.

— Olha para você, está tão linda. — Ele analisou o meu rosto.

— Obrigada!

— Não há de quê.

— Como foi de viagem?

— Foi ótima, obrigado. Como você está? Onde está a sua namorada? — Ele olhou para os lados. — Eu vi na internet, ela é muito bonita.

— Estou muito bem. S/n está em horário de aula, e sim, ela é muito bonita mesmo. — Sorri convencida. — Vamos, temos muito o que conversar.

— Verídico. — Fiz uma careta. — Não me julgue, estou acostumado a falar coisas formais.

— Eu te compreendo. — Indiquei para que andássemos.

— Os muros estão mais altos do que eu me lembrava.

— Por segurança. — Dei de ombros. — Onde está a Sônia?

— Bem longe, graças a Deus. — Franzi o cenho. — Nos divorciamos.

— Oh... que pena.

— Pena?! Natzinha, aquela mulher era o cão.

— Não seja rude, Alex. — Ele estalou a língua.

— Onde está o velho do seu pai?

— Está te aguardando para um chá.

— Londrinos não conhece refrigerante? Só chá?!

— Agora eu descobri de onde veio essa pança avantajada. — Sorri de lado.

— Você está muito ousada, Princesa Natasha. — Ele balançou o dedo indicador na minha direção. — Mas essa pança é por causa do chope.

— Ainda não parou com isso? — Balancei a cabeça.

— O que eu posso fazer? — Ele deu de ombros. — Conheço os melhores bares de New York.

Dei uma risada e abri a porta para a sala do Rei reservada apenas para o famoso chá com os amigos.

— Papai, tio Alexandre chegou. — Falei.

O meu pai abriu um largo sorriso e puxou o homem para um abraço amoroso e carregado de saudades. As risadas grossas e os apelidos entre os dois preencheram o ambiente.

— Alexei, você está velho. — Alex bateu no ombro do meu pai.

— E você está gordo, meu amigo.

— Deixe-me em paz. — O homem falou, fingindo irritação.

— Tio Alex, depois me procure para conversarmos sobre os passaportes. — Falei brincando, com a maçaneta.

— Claro, querida.

— Aproveitem. Com licença. — Meu pai piscou um olho com um sorriso nos lábios.

Fechei a porta e sorri, sentindo os meus ombros leves. Balancei a barra do meu vestido enquanto andava animadamente sem rumo pelos corredores do castelo, que estava muito silencioso para uma quinta feira.