Capítulo 19

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Natasha Romanoff Point Of View

Esse é Steve Rogers.

O nome do garoto se repetia diversas vezes na minha mente. Olhei para o sorriso superior da minha mãe e cerrei os dentes.

Não seja grossa, Natasha, não seja grossa.

— Sinto muito, mas eu tenho que estudar. — Falei, olhando para a minha mãe.

— Oras, Natasha, você estuda no sábado. Não seja mal-educada. — Sorri forçada.

— Então me deixa estudar, assim serei educada. — Falei, quase implorando para a minha mãe.

— Fique com o senhor Rogers enquanto nós estamos numa reunião. — Ela se virou para o garoto. — Fique à vontade e sinta-se em casa.

— Bem difícil! Em minha casa só há cinco quartos. — Ele disse, fazendo a minha mãe rir.

A mulher começou a afastar-se, me deixando sozinha com um desconhecido. Arregalei os olhos e pedi um minuto com a mão, saindo correndo atrás da minha mãe.

— Mamãe, você vai me deixar sozinha com ele? — Entrei na sua frente.

— Sim.

Esperei ela dizer mais alguma coisa, mas ela apenas se virou e foi embora, me deixando com uma cara incrédula.

O garoto acenou para mim, como se quisesse avisar que ainda estava ali. Me aproximei acanhada e ele sorriu, cruzando os braços.

— E aí? O que você faz aqui?

— Eu moro aqui. — Revirei os olhos.

— No tempo vago?

— Estudo?!

— Coisas para se divertir?

— Temos uma biblioteca enorme. — Ele revirou os olhos e eu pensei em outra coisa — Ah, temos um salão de jogos que é para os alunos.

— Então vamos. — Ele começou a andar à minha frente, mas foi na direção errada.

— Mas... Fica para lá. — Ele me olhou por cima do ombro e riu divertido.

— Eu sabia. — Ele balançou a cabeça e deu meia volta.

Dei uma risada e andei atrás do garoto. Talvez passar algumas horas com Steve Rogers não fosse tão ruim assim. Pedi para que os meus guardas não me seguissem, eu estava bem e Steve parecia ser inofensivo.

O garoto falava sem parar sobre o quanto o castelo era bonito e nada passava despercebido por ele. Entramos no salão de jogos e vi os olhos de Steve brilharem.

— Minha nossa, que lugar lindo. Acho que vou chorar. — Ele disse.

— Porquê? — Falei preocupada.

— Esse lugar é simplesmente magnífico. — Ele juntou os dedos e beijou, como um cidadão italiano.

Ri e neguei com a cabeça. Steve correu na frente, olhando tudo com admiração e parecendo uma criança numa loja de brinquedos. Ele pegou nas raquetes de tênis de mesa e me entregou uma.

— Vamos jogar!

— O quê? Não! Eu não tenho coordenação motora.

— Ótimo, então eu já tenho uma vitória garantida.

Empurrei o seu ombro e marchei até à mesa, pegando na bolinha branca e esperando o garoto se preparar. Deixei a bolinha pingar na mesa e então bati a raquete na mesma. Talvez forte demais, já que ela voou para o outro lado da sala, passando próximo ao rosto do garoto. Steve olhou assustado para trás e depois para mim.

Destination Traits ― Natasha RomanoffOnde histórias criam vida. Descubra agora