Capítulo 23.

5.8K 966 102
                                    

Como estão os corações por aí?
Espero que não me odeiem muito! ♥️

Um capítulo pra começar a curar onde dói...♥️

Sinto que muita gente vai acabar se identificando com algumas partes em!

Fiquem bem!♥️

Boa leitura!

PARK JIMIN

  A chuva caia forte hoje, combinava bem com o clima aqui dentro de mim. Eu poderia dizer que estou triste, mas não sinto absolutamente nada. Eu já estava na casa do Jungkook, havia recebido alta a uma semana. Eu estava seguindo a mesma rotina todo esse tempo, onde acordava, tomava banho, me vestia, comia algo, ia ao jardim e voltava para o quarto. Jungkook queria me acompanhar, mas eu disse que preferia ficar sozinho nesse momento, mas a realidade é que eu não queria acabar tocando no assunto.

   Hoje eu começaria com sessões de terapia, o que foi ideia do Hobi, então eu apenas comi algo e fui para o jardim. A psicóloga chegaria em breve, então eu apenas sentei no banco que tinha no jardim da área coberta. A chuva caia molhando as flores e a grama, o cheiro era bom.

—Park Jimin?— ouvi uma voz feminina.

Olhei para trás e vi uma mulher loira, tinha seus cabelos presos em um coque mal feito, um vestido florido e um tênis Allstar. Seus olhos azuis eram gentis e seu sorriso acolhedor. Acenei com a cabeça e ela se sentou ao me lado, observando a chuva e as flores comigo.—Escolheu um ótimo lugar!—disse sorrindo.

  A olhei por alguns segundos e sorri de volta, voltando meu olhar para as flores novamente. Eu não tinha vontade nenhuma de conversar, ou de interagir, essa não era a forma que eu usava para me sentir melhor. Como sempre tive que me curar sozinho e resolver as coisas também sozinho, eu me acostumei a isso, a não deixar que cuidassem de mim.

—Quais os planos para o dia?—ela perguntou me olhando.

  Mantive silêncio. Eu teria vários planos se fosse a um bom tempo atrás, mas aconteceu tanta coisa que eu não tenho mais ânimo para fazer planos.

—Soube que Hoseok lhe chamou para a sorveteria, por que não foi?—mudou a pergunta.

  Mantive silêncio novamente. Eu não iria a sorveteria por que eu não tinha vontade de comer.

—Certo, vamos no seu tempo.—ela disse pegando um livro para ler.

  Continuei olhando a chuva cair, quando vi Jungkook passar com AK do outro lado do jardim, conversando provavelmente sobre algo da máfia. Mantive meu olhar em Jungkook que não tinha nenhuma expressão, estava neutro.

—Ele o ama muito.— a doutora disse fechando o livro e olhando para o Jungkook.

—Eu sei.— disse suspirando. Mas eu havia o decepcionado, se eu tivesse ficado dentro do maldito quarto, eu não teria perdido o filhote.—Eu também o amo.

—As vezes coisas ruins acontecem e não podemos fazer muito para evitá-las, é importante entender que não estamos no controle de tudo, e que tudo bem dizer que está sofrendo, que não se sente bem e precisa de ajuda.— ela disse sem me olhar.—Temos sim força para resolver questões difíceis, mas tem certas coisas que vamos precisar de ajuda, e tudo bem!—disse sorrindo.

—Eu não preciso de ajuda.— disse abaixando o olhar.

—Mas eu não disse que você precisava, apenas disse que pessoas ficam tristes, e tudo bem.—ela disse abrindo o livro novamente.—Você é um ômega lúpus puro, você com certeza é forte, não precisa que eu fale isso...— disse olhando para o livro.—Mas precisa que eu te fale que guardar tudo para si, vai acabar te sufocando.

• O ÚLTIMO DE DRAGAMM I - ABO - JIKOOK •Onde histórias criam vida. Descubra agora