• O ÚLTIMO DE DRAGAMM I - ABO - JIKOOK •

Capítulo 33.

PARK JIMIN

   Estávamos dentro do ônibus indo para a fazenda dos avós do Hobi. O vôo havia sido cansativo, sair da Coreia e atravessar o enorme oceano para chegarmos na pequena cidade de Tralee, no condado de Kerry, na República da Irlanda, era realmente muito cansativo.

  O clima estava frio, uma breve névoa enfeitava os campos, repletos de vacas, cavalos e pessoas cuidando do pasto. Era um ambiente ótimo para relaxar. Hobi dormia tranquilo, toda hora que acordava ficava enjoado, mas era só chupar limão que o enjôo passava.

—Hobi.—o chamei baixinho.—Acorda, estamos chegando na estação.

—Hum?—ele resmungou sem abrir os olhos.—Chegamos?

—Sim, vai, acorda!—disse cutucando ele.

Ele abriu os olhos e olhou para fora, e sorriu.

—Sim, chegamos...—disse olhando para os campos verdes.—Esqueci de avisar uma coisa.—ele disse pegando a garrafinha de água para beber.

—O quê?

—Vamos ter que limpar a casa toda, tem muito tempo que meus familiares não vão lá!

—E os animais?

—Pagam alguém para cuidar deles apenas.—ele disse dando de ombros.—A casa deve estar cheirando a gente velha, sabe? Aquele cheiro de naftalina!

—Ai que ótimo!— disse imaginando a situação.—Eles não iam vender a casa?— perguntei enquanto pegava as bolsas.

—Estão vendendo, mas é difícil conseguir comprador, a vila é muito distante!

—Verdade.— disse pensativo.

  Descemos do ônibus, pegamos as malas e fomos de táxi até a casa. As pessoas são muito reservadas nesses vilarejos do interior. Assim que chegamos, o taxista nos ajudou a descer as malas que estavam bastante pesadas.

O lugar continuava bonito.

  A casa tinha cerca de dois andares, sua pintura no tom lilás claro dava um ar de típica casinha do campo, mas tinha detalhes requintados, pelo fato da família do Hobi ser rica.

—Aqui continua tão bonito.—disse respirando fundo.—Me sinto participando de uma sessão de terapia!

—Engraçadinho.—Hobi riu.—Vamos entrar com as malas, temos muito o que fazer!—ele disse suspirando.

  Pegamos as malas e entramos. A casa continuava linda como sempre, e como sempre tínhamos razão, cheirava a gente velha!

—Nossa, olha o cheiro!— disse rindo.—Vamos comprar algum desinfetante para usar aqui!

—No armazém deve ter vários desinfetantes!— Hobi disse tampando o nariz.

—Vou sair abrindo tudo!— disse colocando as malas no chão e indo abrir tudo que eu podia. Abri todas as portas e janelas dos dois andares. Pegamos o necessário para começar a limpeza e começamos pelo segundo andar.

—Já escolhe o seu quarto!—Hobi gritou de um dos quartos.

—Certo!—respondi.

  Entrei em um quarto simples, havia um banheiro e uma penteadeira. Quando entrei no outro quarto, a escolha foi instantânea!

—Que lindo!—sussurrei para mim mesmo. O quarto tinha um banheiro, uma sacada com portas de vidro e enormes cortinas blackout bem de frente para a cama!

—Gostou desse?—Hobi perguntou aparecendo na porta.

—Sim, vou ficar com ele.—disse animado.

  Comecei a limpeza pelo meu quarto, joguei água e desinfetante em todos os lugares para tirar o cheiro que ele tinha. Andei até o balde para pegar o pano, e acabei escorregando na espuma.