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CHAPTER EIGHT VIII. letters to an old friend
Woodvale, 17 de janeiro de 2001.
Caro Augustus,
Primeiramente, quero me desculpar por nunca ter tentado entrar em contato com você. Para falar a verdade, eu nem imaginava que você ainda estava morando em Pittsburgh e eu acreditava fielmente que você nem mesmo se lembrava de mim. Fico feliz em saber que você lembra.
Gostaria de dizer que fiquei muito impressionado vendo você jogar basquete, parecia um profissional. Você sempre ficava de recuperação em educação física, lembra? Mas as pessoas mudam, não é mesmo? Infelizmente eu continuo o mesmo, apenas com algumas pequenas mudanças que irei listar nessa carta! (você está certo, me sinto no século passado escrevendo uma carta!)
Eu comecei a andar de skate e aparentemente eu tenho o jeito para a coisa, viu? Alguns diriam que é um dom! Meu melhor amigo (River Kennedy, um cara muito legal que é filho da diretora da nossa escola) anda comigo, mas ele é muito melhor que eu nas manobras. Um pouco humilhante, considerando que foi eu que ensinou ele a andar. Mas skate é apenas um meio de transporte para mim, não é como se eu fosse viver disso ou algo assim.
Você pretende se tornar jogador profissional de basquete? (fiquei curioso)
Meu pai está trabalhando em um empresa de comunicações (chocante!) e eu estou até um pouco orgulhoso dele. Ele passa toda a manhã e tarde fora (um pouco da noite também) então ele chega tão cansado em casa que nem tem fôlego para discutir, o que é bom.
Bem, não sei mais o que dizer. Vou acabando por aqui.
E sim, eu sinto muito falta de você.
Atenciosamente, James.
Pittsburgh, 21 de fevereiro de 2001.
Querido James,
Por favor, pode voltar a me chamar de Auggie? Eu amava esse apelido (e antigamente você se recusava a me chamar de qualquer outro nome!) e quase ninguém por aqui me chama disso. Seria nostálgico, então eu imploro! (de joelhos se necessário!)
Brincadeira à parte, a vida está muito boa. O time ganhou os últimos três jogos que nós jogamos e Zeke disse que eu tenho potencial para ir longe! (Zeke é o capitão do time, caso você não saiba) E respondendo a pergunta daquela sua primeira carta que eu acabei nunca respondendo: Não, eu não quero me tornar um jogador profissional. Estou pensando em cursar psicologia na faculdade!
