Capítulo 3

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Aviso: Recomendamos que preparem os lencinhos e o psicológico pra esse cap.......não nos matem!! E ah, não vamos pagar a terapia de ninguém....

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Paula estava trancada em seu quarto a três dias. Há exatamente um mês Carmem havia sido dada como morta em um acidente de carro. A morena não comeu nada, não bebeu nada, não falou com ninguém nem viu a luz do sol nesses dias. Suas filhas e mãe estavam preocupadas.

Neném ela já havia posto para correr a dias, a última cartada delas era Gabriel, assim o fizeram. Chamaram o rapaz para tentar fazer a mãe reagir.

Toc toc toc

Gabriel batia na porta da morena - Paula, sou eu, Gabriel. Abre a porta por favor. - ninguém respondia - Você tem certeza que ela ta ai dentro? Faz barulho? - ele perguntava para as meninas.

- Ta ai sim! Ouvimos as vezes o barulho de descarga ou torneira - falava Ingrid
- E choro…ela chora muito - Flávia completou.
- Paula, deixa eu entrar. Vamos conversar- ouviram o trinco da porta ser aberta. O rapaz entrou no quarto, sozinho. Estava tudo escuro, quieto. Conforme ia entrando, via coisas jogadas por todos os lados. Por fim, avistou Paula deitada na cama, agarrada em uma blusa que ele tinha certeza ser de sua mãe - Paula, sou eu, Gabriel, tudo bem?
- Olha amor, quem chegou! Carmem, seu filho está aqui! - ela falava olhando em direção ao banheiro, como se a loira estivesse ali.
- Paula, a minha mãe não está aqui. Eu também sinto falta dela, mais ela…ela morreu…

Paula olhou para o mais novo, passou as mãos pelo seu rosto - Tudo bem meu filho, pode dormir aqui comigo e com a sua mãe. Você não vai ter mais pesadelos.

Gabriel se levantou devagar, foi até a porta e avisou as meninas como a mãe delas estava, a situação não era das melhores. Pediriam ajuda à Guilherme. Mas aquela noite, o rapaz faria a única coisa possível, passaria a noite ali. Tomando conta do grande amor de sua mãe. Esteja onde estivesse, ela gostaria disso.

Paula teve uma noite inquieta, chamava por Carmem várias vezes dormindo, chegava a chorar. Gabriel era um rapaz muito paciente, tentava acalma-la todas as vezes. Na manhã seguinte tentaria fazer com que ela saísse do quarto um pouco.

- Bom dia mãe! - o mais novo dos Wollinger falou assim que viu Paula despertando.
- Bom dia meu filho. Sua mãe já levantou?
- Já sim! Falou para a senhora tomar um bom banho e depois ir tomar o café da manhã conosco.
- Ótimo! Estou com saudades dela…ela disse quando volta?
- Não disse, mais vamos..- ajudou a mais velha a se levantar e ir até o banheiro. A esperou do lado de fora do quarto e foram tomar o café na sala com todos.
- Mãe! - Ingrid e Flávia correram para abraça-la - Obrigada!
- O que houve? Parece que vocês não me veem a séculos?
- Ta tudo bem mãe?
- Lógico! Vamos comer logo, estou cheia de fome! Depois vou encontrar a cascacu.
- Mãe….ela morreu…você esqueceu?

Nesse momento a realidade se fez presente novamente. Paula sabia que não estava bem, mais não tinha noção de como realmente estava.

- Eu…eu acho que preciso de ajuda…- ela chorou enquanto desabafava - Não suporto a ideia dela ter morrido e me deixado aqui. Doi! Doi aqui! - batia em seu peito - Eu preciso encontrar ela meninas ou…ou eu surto de vez!

Todos que estavam na mesa se levantaram e abraçaram  a morena. O momento era de muita tristeza mais ela precisava reagir. Não haviam mais esperanças para achar o corpo de Carmem.

Guilherme conseguira marcar uma consulta com um psicólogo naquela tarde mesmo. Flavia ficou receosa de falar com a mãe, que variava entre estar consciente e não, imaginando a loira em todos os lugares, mais precisava tentar. Para sua surpresa, a mãe concordara de primeira.

- Então é isso mãe, você vai para a Terrare e eu passo mais tarde pra te buscar.
- Tudo bem filha. - Paula tinha o olhar perdido mais uma vez - Espero que a cascacu esteja lá me esperando! - e saiu pela porta com um sorriso triste nos lábios. Em seu subconsciente ela sabia exatamente onde estava a sua cascacu, mais não queria acreditar, não poderia.

A manhã rendeu bem, Marcelo conseguira a distrair com coisas da empresa, vez ou outra ele chegava na sala da chefe e a flagrava “discutindo” com Carmem. A cena era de cortar o coração, parecia realmente que ela estava ali.

- E ai Marcelo, como ela reagiu voltando ao trabalho? - Flávia perguntava ao amigo assim que chega para buscar a mãe.
- Eu não sei não Flávia, ela tem horas bem, resolve tudo como a Paula Terrare, mas tem outras….ela tava brigando com a Carmem agora a pouco.
- É, ela vem fazendo isso. Espero que o médico saiba nos ajudar! - se despediu de Marcelo e entrou na sala da mãe - Vamos Paula?
- Oi filha, vamos sim. Só vou deixar um recado pra Carmem, ela precisou sair.

"Carmem, fui ao médico com a Flávia, eles cismam de falar que você morreu mais meu coração sabe que não! Deixei tudo arrumado na sua mesa pra quando você voltar. Sinto sua falta. Beijos da sua Paula!"

P.S Eu te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora