Capítulo 8

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Paula havia passado 1 semana sozinha em São Paulo resolvendo coisas da T/w. Não poderia negar que aqueles dias longe de sua rede de proteção fora difícil, mas até que a morena havia se saído bem. Só ligou aos prantos, no meio da noite para as filhas no primeiro dia.

- E aí mãe, como foi lá? - Ingrid perguntava logo após entrar no quarto da mãe e dar-lhe um beijo no rosto.
- Foi tudo bem filha, os negócios estão indo muito bem. Ela vai ficar muito orgulha de mim! - se perdeu por um momento em seus pensamentos na platinada.
- Certeza que onde ela estiver, ela está sim muito orgulhosa de você mãe! - a filha não falava só sobre a empresa, falava também sobre sua melhora na depressão e em como Paula havia mudado em relação a todos depois daquele fatídico dia.
- Mas então, eu passo uma semana longe e não tem nenhuma novidade? - ela estava guardando as roupas não usadas novamente no seu closet e fingia prestar atenção na filha...
- Nenhuma mãe, o mesmo de sempre. - Ingrid dá de ombro e sai do quarto.
- Ei, garota! - a mais velha chamava a filha - Se o Marcelo ligar me chama na hora....pra qualquer outro, estou fora de casa! - advertiu a morena.
- Sabia que estava esquecendo de alguma coisa! - bateu com a destra na testa - Ele disse que vem mais tarde aqui, tem alguma coisa muito importante pra te falar. - depois então de dar o recado, a menina se retira de uma vez do quarto da mais velha.

Algumas horas depois Marcelo chega no apartamento em frente à praia.

- Boa noite Paulinha...- ele entra que nem bala pelo apartamento e trazia consigo um envelope pardo. - Trago notícias do detetive! - e balança o tal envelope no ar.

Paula leva uma das mãos ao peito e a outra arranca o papel das mãos do funcionário e amigo. - Você não abriu? - ela o pergunta quando repara que o mesmo ainda estava lacrado.

- Não. Ele pediu para que você visse primeiro. - respirou fundo - Anda, abre logo isso que eu estou curioso!

Se ele estava curioso, imagina ela. Era um misto de sentimentos, curiosidade, medo, amor, raiva, saudade...tanta coisa junta que só deixa a morena ainda mais pilhada.

Ela rasgou o lacre e tirou lá de dentro primeiro um pequeno pedaço de papel.

"Dona Paula, demorei mais consegui uma imagem da tal pessoa misteriosa que ligou para a senhora, a imagem não está das melhores, mais já podemos ter uma ideia de como ela é! Estamos perto dona Paula!"

Com as mãos trêmulas ela pega dentro do envelope um outro papel, mais parecido com uma foto. Assim que seus olhos veem a imagem ela cai sentada em seu sofá, será que isso seria mesmo possível?! Não, seus olhos só poderiam estar lhe pregando uma peça, afinal, a imagem estava muito distorcida, aquela mulher magra e alta com cabelos curtos e claros não poderia ser a sua Carmem! Ela não ousaria! Ou ousaria?

- Paula? Ei, o que tem nessa foto? - Marcelo perguntava preocupado. A morena fazia uma cara de espanto e ao mesmo tempo uma solitária lágrima descia por seu rosto.
- É ela Marcelo! É ela! Tenho certeza! - ela se agarra ao amigo e se permite chorar. Seu coração transbordava, sempre soube que a platinada estava viva, ela sentia, mas agora com aquela foto ninguém poderia dizer que ela estava errada!
- Paula, não da pra ter certeza, a imagem está muito ruim....olha, não da pra ver direit..
- Chega pastel de vento! Já pode ir embora, obrigada! Fala para o detetive que ele está fazendo um ótimo trabalho e que aguardo novas notícias em breve. - se levantou do sofá deixando o amigo falando sozinho na sala e foi para seu quarto.

Assim que chegou lá, pegou novamente a blusa de Carmem, escondida no fundo de seu armário, deitou na cama e agarrada a blusa ficou admirando a foto. - Cascacu, eu te amo mas você vai ouvir muito quando eu te encontrar! Onde já se viu fingir que morreu e me deixar assim? Logo você que dizia me amar? Você vai ver só quando eu te achar! - seus olhos vermelhos choraram de raiva e ao mesmo tempo de felicidade até que o sono venceu e ela adormeceu ali, enrolada em sua blusa e com a foto nas mãos.

P.S Eu te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora