Uma semana se passou desde que os dois primeiros “presentes” haviam chegado. Paula precisava de mais, precisava sentir que Carmem estava viva!
Ela só conversava sobre esse assunto com Marcelo, não porque ela havia contado, mas porque ele tinha visto o bilhete com o perfume.
- Paula, da mais um tempo pra ele, só tem uma semana que as coisas chegaram!
- Não Marcelo, me arrume outro detetive! Esse incompetente não acha o óculos no meio da cara! Cansei! Estamos a meses andando em círculos…- Paula estava exausta, deprimida e principalmente com saudades.
- Ta bom, eu dispenso ele e arrumo outro….mais saiba que o novo vai ter de começar tudo do zero! -falou e saiu da sala da chefe a deixando ali, com o semblante triste pensando em como sua vida pôde mudar tanto em tão pouco tempo.Foi acordada de seus devaneios pelo toque de seu telefone. Um número desconhecido ligava.
- Deve ser algum corno oferecendo alguma coisa…deixa tocar! - tocou até cair. Alguns segundos depois o celular volta a tocar, o mesmo número - Não é possível! - ignorou mais uma vez. O telefone tocou pela 3ª vez, ela decidiu então atende-lo - Alô? - seu tom de voz não era nada simpático, muito pelo contrário.
Do outro lado da linha nada era dito. - Não vai falar nada não? - bufou e desligou. Pela 4ª vez o telefone tocou - Olha só, pode parando de me ligar ou fala logo o que você quer, tenho coisas mais importantes para fazer! - o silêncio se fez presente mais uma vez, só que agora Paula pôde ouvir uma respiração do outro lado. Seu coração acelerou, começou a tremer - Carmem? É você? Fala comigo, por favor….- a pessoa do outro lado desligou.
A morena com lágrimas nos olhos tentou retornar a ligação mas só dava caixa de mensagem. Com certeza desligaram o aparelho.
Ela andava de um lado para o outro, Marcelo precisava arrumar logo um novo detetive, ele com certeza descobriria de quem era aquele número.
Alguns dias mais se passaram, nenhum presente, nenhuma ligação, nada.
O novo detetive havia descoberto que o número misterioso era de um aparelho pré-pago localizado no Rio Grande do Sul, mais precisamente na cidade de Canelas. Assim que soube seu instinto a mandava ir para lá, mai o senhor a convenceu de não o fazer, ele mesmo iria e logo a informaria de qualquer novidade.
Assim ele fez. Em pouco tempo descobriu que o telefone havia sido comprado a pouco numa loja pequena, o chip estava registrado no nome de Pâmela, mas logo após a ligação o mesmo havia sido desativado.
A morena não conhecia nenhuma Pamela. Lógico que não! Não foi difícil o senhor Arthur descobrir que os documentos apresentados para cadastro eram falsos.
Ele ficou na cidade por mais uns dias e nenhum sinal da tal mulher, retornando ao Rio.
Naquele mesmo dia, um novo presente chegava no apartamento de Paula. Era uma pequena caixa, com um colar dentro, uma estrela, muito parecido com um que a loira tinha. Com a caixa, lógico, vinha um bilhete.
Muito bom Paulinha, vejo que agora sim você achou um detetive esperto. Está ficando quente mein schatz.