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Agradar Vegas não estava sendo nada fácil. Ele fazia questão de me ignorar. Algumas vezes me deixava na vontade de saber o que realmente sentia por mim, além do desejo carnal, é claro.

E aqui vai uma confissão: estou desesperado! E isso realmente não é exagero meu. Ah poxa, qual é? Eu nunca pensei que isso pudesse ser tão difícil. Quer dizer, pensei sim, mas não desse jeito como está sendo.

Vegas deixou bem claro as exigências. E se eu fosse parar pra pensar, não eram tão difíceis assim, mas sendo sincero, eu não sou idiota ao ponto de perguntar para um farmacêutico se ele vendia vibrador sexual numa farmácia ou não. Porra, eu estava perdido.

Mas mesmo assustado e um pouco amedrontado, meu rosto ficou vermelho quando pensei alto; imaginando o Vegas com um chicote na mão e eu deitado no colo dele. Espera, será que daria certo? E será que eu iria querer que ele usasse um chicote? Mordi o lábio inferior enquanto minha mente acelerava. Talvez eu pudesse ficar no colo dele e ele pudesse usar a mão. Sim, seria preferível a um chicote.

Mas apesar de ser completamente inexperiente, eu tinha armas muito poderosas. Principalmente porque eu conhecia todos os gostos dele, tudo que ele adorava e tudo que o fazia entrar em combustão. O que me deu uma ideia muito boa para aquele pedido. Mas eu precisaria fazer algo que normalmente não estou acostumado, muito menos deveria fazê-lo com Vegas.

Você conseguiu? ― Sua voz firme me tirou dos pensamentos sujos e estranhos, que ultimamente tem estado na minha cabeça dia e noite. E ouvir a voz de Vegas sempre me trazia de volta para o chão, de volta para a realidade que eu nunca poderia apostar ser real. Talvez porque era ele falando comigo.

― Ah, claro. ― Que não né, eu nunca conseguiria arranjar um vibrador sexual em tão pouco tempo assim, isso claramente era uma mentira e das boas, chega minha voz falha ao terminar. Mas diferente dela, eu era péssimo mentindo e não sei se o Vegas sabe - ele obviamente sabe - mas eu também não sei disfarçar nervosismo.

É mesmo? ― Sem querer acabei tomando um susto de repente pelo tom da sua voz. Era rígida e suspeita, como se estivesse tentando me forçar a dizer a verdade. Por dentro meu estômago revirava de nervosismo. Era verdade que eu não sabia mentir.

― Sim. Claro que sim. ― Minha voz quase não saiu sem que eu estivesse tremendo os dedos junto com o corpo todo,segurando o telefone na mão. Tudo que Vegas era e quem acabou se tornando me deixava nervoso, ansioso, assustado. Ao mesmo tempo vivo. ― Não é como se eu pudesse desobedecer uma ordem do meu dominador.

Hum, claro. Você sabe como funciona as coisas. ― Suspirei baixinho alíviado, encostado no meu quarto observando a porta do mesmo fechada. Contudo, quando o silêncio se instalou, meu coração começou a bater forte contra o peito. Então uma risada ecoou na ligação. Um sorriso que eu conhecia bem. ― Poxa Pete... Você nunca soube mesmo como mentir.

― O que?

Eu sei que não conseguiu fazer o que eu pedi, e está tudo bem. Eu só.. não esperava que você mentiria assim, tão óbvio.

― Eu.. não sabia-

O que fazer? ― Vegas continuou por mim. ― Eu entendo, mas isso não quer dizer que está livre de punições.

― Como assim? eu não fiz nada, Vegas. Eu só-

Você mentiu pra mim, Pete. Nunca mais faça isso. ― na última parte, Vegas sussurrou, falando baixinho para mim. Como se estivesse excitado, falando coisas sujas e pecaminosas no meu ouvido. Sem querer fiquei mexido, um pouco excitado. Confesso.

ℭANDY ¡ 🍒 ₁ pᥱtevᥱga᥉Onde histórias criam vida. Descubra agora