Reunião de Trabalho

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Fazem exatamente três anos que trabalho para meu chefe babaca, gostosão de 1,90m, com olhos da cor de mel, que sempre embriagou-me de tesão desde a primeira vez que o vi.

Porém o imbecil nunca sequer me notou, mas fazer o quê? Ninguém é obrigado a ter bom gosto, levando em conta que não sou de se jogar fora, tenho olhos verdes, pele bronzeada e um corpo escultural, que mantenho desde os quinze anos com malhação pesada, enfim... hoje por conta de um contrato terei que aturar o senhor dono de si até após o expediente. Ele está mais exigente do que os outros dias.

    — Senhorita Laiane, traga todos os documentos que pedi, e faz tempo, quer dizer... Olho o relógio... Exatamente meia hora, porque tanta ineficiência?

   — Estou indo senhor Erick, faz apenas cinco minutos que me pediu, porque está tão aborrecido, não será a primeira vez que Olavo nos faz passar por isso.
  — Grito do conjugado que fica dentro de sua sala. Três anos de trabalho árduo, tenho um pouco de liberdade para rebater algumas grosserias dele.

    — Você está parecendo uma velha de 88 anos com tanta demora e não uma mulher de vinte e três anos.

   — E o senhor um CEO de vinte e seis anos, parece ter noventa de tão rabugento. Reviro os olhos saindo do conjugado e entrando em sua sala.

   — Até que fim, me dê esses documentos, peça uma janta para nós e traga um copo de whisky, só mesmo bebendo para aguentar o cansaço e o estresse desde dia. Digo impaciente.

  Ao ver Laiane correndo feito uma barata tonta para cumprir minhas exigências sorrio, sempre percebi o quanto me cobiçava, seus olhos dilatados ao me ver a denunciava, e gosto disso, contudo nunca me aproximei porque sou um homem de negócios e ser acusado de assédio não estava nos meus planos, até hoje.

  Eu poderia muito bem analisar esses papéis no conforto da minha casa, mas quero ver até onde Laiane é capaz de ir, não sou casado, e tenho mulheres aquecendo minha cama e saciando meus desejos quase todos os dias, então pagarei pra ver se essa baixinha realmente me quer ou foi tudo impressão da minha mente audaciosa.

  Nem percebo quando adentra a sala de tão perdido que estava, só de imaginar sugando seus seios meu pau dá sinal de vida, ainda bem que estou sentado atrás da minha mesa.

   —  Fiz tudo que ordenou, em uma hora o jantar chega, pedi sushi, aqui está seu cavalo branco com duas pedras de gelo.

   Antes de terminar de dizer as tarefas extras que Erick exigiu o telefone toca e atendo.

   — Erick Advocacia's, boa noite.

   — Boa Noite Laiane, sou eu Carla, poderia passar ao meu filho.

    — Sua mãe senhor.

  Com certeza ligou para saber onde estou, minha mãe ainda me trata como se não tivesse crescido. Penso.

  — Alô mamãe, digo um pouco ríspido.

  — Isso é jeito de falar, quero saber se virá jantar conosco, estamos com saudades seu pai e eu.

   — Mas mãe estive ontem aí... Vejo Laiane sorrir e farei ela pagar por essa insolência... - Hoje não posso, estou em uma reunião de trabalho, amanhã prometo que irei.

Quando desligo, olho dentro dos olhos dela e percebo que fica envergonhada, pois foi pegue zombando de mim.

   — Diga para Pedro que hipótese alguma sejamos interrompidos, o jantar pode deixar em sua sala e pegaremos depois, sei que é final do expediente mais é melhor prevenir, quero logo terminar esse assunto, entendido Laiane?

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